A Seção de Crimes Ambientais (SCA) da Polícia Científica do Paraná (PCP) já concluiu 1.050 requisições de exames periciais desde a sua criação, em 2019.
A SCA é responsável pelos exames periciais em locais de crimes contra a flora, incluindo de identificação de espécies arbóreas por análises dendrológicas e de anatomia da madeira; crimes contra a fauna, como necropsias animais; crimes contra a administração ambiental; poluição; mineração; microvestígios de solo, entre outros.
“A criação de uma seção especializada para atendimento de crimes ambientais na PCP possibilitou a priorização destes exames periciais, a realização de pesquisas e treinamentos nesta área”, afirma a chefe da seção, Angela Andreassa. “Com isso, as equipes periciais obtêm provas técnicas mais robustas, minimizando a impunidade e contribuindo com a proteção do meio ambiente”.
Das 1.050 requisições de exames periciais realizadas, 77% são de crimes contra a flora, 10% de crimes de poluição, 7% de crimes contra a fauna e 6% de outros crimes ambientais. Com o trabalho foi possível periciar cerca de 4.550 hectares de desmatamento do Bioma Mata Atlântica, área que equivale a mais de 4.200 campos de futebol.
Angela explica que houve aumento de exames relacionados a crimes contra a fauna. “Nota-se um aumento da demanda de exames periciais nesta área, principalmente crimes de maus-tratos”, diz.
Segundo ela, a SCA já fez 42 necropsias em animais, sendo 13 no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná e 29 na própria Polícia Científica, após a criação de uma sala de necropsia veterinária, em março de 2023.
A seção também participou, em 2021, 2022 e 2023, da Operação Mata Atlântica em Pé, coordenada pelo Ministério Público do Paraná, que busca coibir e recuperar áreas degradadas nos 17 estados com presença da Mata Atlântica. Também integrou a Operação contra o Tráfico de Animais, em conjunto com a Polícia Civil do Paraná, em 2024. As duas ações resultaram em 121 exames periciais em animais.
“Com o nosso trabalho esperamos ajudar a diminuir os crimes ambientais e divulgar ainda mais os cuidados com a preservação do meio ambiente”, completa Angela.