A incidência de temporais com fortes ventos no Paraná e na região Sul do Brasil, como um todo, aumentou nos últimos anos, ocasionando danos extensos na rede de energia da Copel e, consequentemente, afetando os clientes da companhia.
Somente nesta semana, um evento climático associado ao ciclone extratropical devastou o Rio Grande do Sul e causou ventos de até 70 km no Paraná. Ele provocou, em algum momento, o desligamento de cerca de 650 mil consumidores no Paraná, o equivalente a 13% dos clientes da Copel, em mais de 200 cidades.
Os ventos fortes, que podem vir acompanhados de chuva, ou os chamados “temporais secos”, provocam a queda de árvores, galhos ou outras estruturas sobre a rede elétrica, destruindo postes e arrebentando cabos. Em muitos destes casos, a recomposição do sistema elétrico é demorada, pois é necessária a reconstrução da rede de energia.
De acordo com o Simepar, a incidência de ciclones extratropicais no Sul do País algumas vezes durante o ano é comum. No entanto, a intensidade destes eventos amentou nos últimos anos.
“O que chega ao Paraná é um sistema frontal, reflexo dos ciclones ocorridos mais ao Sul. Os principais impactos que este sistema causa são pancadas de chuva mais fortes e, principalmente, as rajadas de vento. Este último evento, no Paraná, se converteu em chuva de curto prazo com fortes rajadas de ventos”, explicou o coordenador de Operação do Simepar, Marco Antônio Rodrigues Jusevicius.