Após uma mulher perder R$ 300 mil reais no golpe do WhatsApp, em Londrina, a Polícia Civil (PC) reforça o alerta contra os golpistas.
Edgar Soriani, delegado responsável pela Delegacia de Estelionatos de Londrina, disse que casos assim são comuns e que, infelizmente, muita gente vem pendendo dinheiro nos últimos meses: "eles têm, de alguma forma, sistemas pagos, por onde compram dados, e entram nas redes sociais das pessoas, replicam a foto, cadastram os dados principais dessa pessoa e habilitam um número por onde entrarão em contato, por WhatsApp com os seus parentes".
O "golpe do WhatsApp" é bem conhecido e, nos últimos anos, com o sistema de bloqueio criado pela empresa que administra o aplicativo, ficou mais difícil para os golpistas clonarem o telefone de uma possível vítima.
Ainda assim, mesmo com o sistema de segurança eficaz, alguns estelionatários tentam, de toda forma, tirar proveito da situação.
Recentemente, o apresentador Cid Ribeiro, do Grupo Tarobá de Comunicação, quase foi vítima de um golpe.
Um golpista enviou mensagens, ao celular do jornalista, dizendo ser sua irmã. Nas conversas, é possível ver que a pessoa diz que trocou o número do telefone, estava com problemas financeiros e necessitava de alguns valores.
Desconfiado da conversa, Cid Ribeiro ligou para a irmã, que relatou não ter falado com ele por WhatsApp. Assim, o apresentador descobriu que se tratava de um golpe.
Sobre as precauções a serem tomadas, Edgar diz que "a pessoa, achando que está falando com o seu parente, não tem o cuidado de ligar pro antigo número dessa pessoa, conferir as informações".
O delegado informou, ainda, que, em outro caso, igual ao qual o apresentador, por pouco, não foi vítima, uma mulher perdeu R$ 300 mil, achando que estava falando com o filho:
"A mãe tinha bastante posse e achou que o filho estava fazendo uma compra, um investimento grande, e ela acabou perdendo R$ 300 mil, porque não teve o cuidado de entrar em contato para ver se era, mesmo, o filho que estava precisando".
Em caso de prisão, o golpista pode pegar até oito anos de prisão, porque o golpe envolve várias situações e crimes; a identificação dos estelionatários, porém, é difícil conseguir, considerando que é quase impossível chegar até a eles.
"O que é difícil neste tipo de golpe? Ele não tem um telefone fixo para que se possa pedir uma investigação mais detalhada. Nós conseguimos detalhar, seguindo a conta para onde o dinheiro foi; mas em 99,9% dos casos é um laranja, que não é, sequer, do Paraná, e aí temos que pedir quebra de dados bancários, para tentar chegar onde esse dinheiro foi. Isso leva tempo e muitas vezes chegamos até um intermediário, apenas. O verdadeiro criminoso, não conseguimos responsabilizar".