O homem que foi flagrado, por câmeras de segurança, agredindo a ex-mulher em frente aos dois filhos em Ibiporã, foi ouvido nesta quarta-feira (11) pelo delegado Vitor Dutra. Ele deferiu vários golpes e puxou os cabelos da vítima enquanto as crianças pediam que ele parasse com as agressões.
O agressor, Roberto Aparecido Pacheco, disse que a violência aconteceu porque a ex-companheira teria o provocado. “Eu me arrependo, não deveria ter feito isso porque não é do meu perfil. Só que ela é uma pessoa que tira qualquer um do sério. Eu sinto vergonha dos meus filhos porque tenho que ser exemplo pra eles. Eu tenho consciência do que eu fiz e acho que a justiça, da mesma forma que funciona pra mim tem que funcionar pra ela também, porque só ocasionou esse problema devido ao que ela fez. Se ela não tivesse feito nada, não teria acontecido nada e tava tudo certo”, disse.
Segundo Pacheco, a ex-companheira não o deixava ter contato com a filha. “Liguei para ela e disse que queria falar com ela. Disse que queria a chave da casa e a Sofia, porque ela não pode pegar a menina de mim. Ela falou ‘você é bem homem, você vem aqui e tira, que eu vou chamar a polícia’. Eu fui e ela me chamou de corno e na hora eu perdi a cabeça e aconteceu o que aconteceu”, afirmou.
O homem ainda assume que já bateu no filho da ex-mulher e que ela registrou boletim de ocorrência contra ele na ocasião. “Muita mentira, safadeza, desonestidade, exploração. Tudo isso aconteceu. Eu já tenho uns boletins de ocorrência aqui de algumas coisas que ela me fez. Ela aproveitou que eu dei uns tapas no filho dela, porque ele falou um monte de barbaridade para mim e eu, para corrigir, dei uns tapas mesmo porque ele falou que ia me matar. Dei os tapas, fui dormir com o pequeno, chamaram a polícia e mandaram me prender. Quando foi de manhã, me encaminharam para o 4º Distrito, mas o juiz viu o que tinha acontecido e me mandou embora porque ele não acreditou na versão dela”, disse.
A mulher tinha medida protetiva contra o agressor decretada em 2019 e acreditava que a determinação ainda era vigente, mas após as agressões, na delegacia, soube que a medida foi revogada. Uma nova medida protetiva foi deferida e a Polícia Civil vai apurar o caso.