Todos os locais
Todos os locais

Selecione a região

Instagram Londrina
Instagram Cascavel
Política
Brasil

Defesa diz que Ramagem "compilava pensamentos de Bolsonaro"

Advogado negou Abin paralela e monitoramento de ministros do STF
02 set 2025 às 16:29
Por: Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A defesa de Alexandre Ramagem negou nesta terça-feira (2) que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha determinado o monitoramento ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Durante sustentação realizada durante o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, que tem Ramagem como um dos réus, o advogado Paulo Renato Cintra disse que os casos de monitoramento ilegal citados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia ocorreram antes da posse de Ramagem no comando da Abin. "Ramagem sequer era diretor da Abin à época", afirmou. 


Cintra também negou que Ramagem tenha municiado o ex-presidente Jair Bolsonaro com informações falsas para embasar lives nas redes sociais e atacar o sistema de votação eletrônica, em julho de 2022, no período de pré-campanha. 


Segundo Cintra, os arquivos enviados ao então presidente foram produzidos a partir de informações públicas e discursos do próprio presidente, além de "anotações e opiniões pessoais". 


"Ramagem não atuou para orientar o presidente da República, não era um ensaísta de Jair Bolsonaro. Ramagem compilava pensamentos do presidente da República", disse. 

Outras notícias

Venezuela repudia declaração de Trump sobre espaço aéreo do país: ‘Ameaça colonialista’

Defesa de Bolsonaro entra com novo recurso no STF contra condenação

Defesa de Bolsonaro tem novo pedido de prisão domiciliar e pretende usar Collor como referência


O advogado acrescentou ainda que Ramagem não integrava mais o governo de Bolsonaro quando começou o que chamou de "acirramento de condutas", em julho de 2022. Cintra citou que o ex-diretor deixou o cargo em março de 2022 para concorrer às eleições. "Alexandre Ramagem não atuou na construção de mensagens de descrédito às urnas", completou. 


A sessão prossegue para a realização das sustentações dos demais advogados dos réus.

Acusações 


De acordo com a acusação da PGR, Ramagem teria atuado para descredibilizar o sistema eletrônico de votação, além de fazer parte de uma organização criminosa para auxiliar Bolsonaro na divulgação de notícias falsas, em 2022.


Conforme a PGR, o deputado também participou da chamada “Abin Paralela”, para obter informações contra opositores de Bolsonaro e ter conhecimento do monitoramento ilegal de ministros do Supremo e de desafetos políticos do ex-presidente. 


Crimes


Atualmente, Ramagem é deputado federal. Em razão da imunidade parlamentar,  ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes imputados pela PGR. 

A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro. 


Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.


 Quem são os réus?


  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.


Primeiro dia

Pela manhã, o relator, ministro Alexandre de Moraes, leu o relatório da ação penal, documento que contém o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados.


Foram destinadas oito sessões para análise do caso, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

A votação que vai condenar ou absolver os réus deve começar somente nas próximas sessões. As penas podem passar de 30 anos de prisão.  

Veja também

Relacionadas

Política
Imagem de destaque

Brasil deve adiar Cúpula do Mercosul para reforçar protagonismo no acordo com a União Europeia

Política
Imagem de destaque

Bolsonaro tem crise de soluço e passa por atendimento médico na prisão

Política

PL suspende atividades partidárias e salário de Bolsonaro

Política

Zanin autoriza julgar ação que acusa deputados do PL de corrupção

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Rota do Natal em Londrina começa a funcionar neste domingo a partir das 10h

Cidade
Cascavel e região

Cascavel entra para história com a nova construção do Centro de Convenções e Eventos do Oeste

Cidade
Londrina e região

Parada LGBTQIA+ de Londrina é adiada e voltará ao formato de passeata

Cidade

Papai Noel gigante será inaugurado no Lago Igapó II neste domingo

Paraná
Paraná

Acidente com quatro veículos deixa uma pessoa morta e quatro feridas na BR-277, em Guarapuava

Podcasts

Podcast Conversa com Nassif | EP 10 | Lançamentos da Prestes Construtora

Podcast PodFala com a Tai | EP 5 | Música, Carreira e Paixão | Mateus Moretti

Podcast Café Com Edu Granado | EP 40 | Superação e Aprendizado | Daniel Cardoso

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.