Noemia Santos de Almeida, residente do Bairro Brasmadeira há 34 anos, tem enfrentado um problema constante: a perturbação de sossego causada por festas barulhentas.
Ela e sua família têm dificuldade em descansar à noite e nos finais de semana devido à música alta de carros estacionados em frente à sua casa. Frequentemente, essas festas improvisadas se estendem até o amanhecer, gerando incômodo não apenas para a família, mas também para os vizinhos.
Desesperada, Noemia tentou dialogar com os responsáveis pelo barulho, pedindo que o som fosse reduzido. No entanto, essa tentativa resultou em uma reação hostil por parte dos agressores, que ameaçaram e até jogaram pedras na residência da família.
Esse problema é comum em Cascavel, onde já foram registrados 84 casos de perturbação de sossego este ano.
Contudo, muitas situações não são formalmente registradas devido à falta de representação das pessoas afetadas. Alexandre Henrique dos Santos, diretor da Guarda Municipal, enfatiza a importância de reunir provas e fazer uma representação formal para que a lei possa ser aplicada adequadamente.
O presidente da Comissão de Direito Criminal da OAB Cascavel, Ricardo Augusto Bantle, também destaca a relevância da conscientização sobre os direitos dos cidadãos e a necessidade de buscar ajuda legal em casos de perturbação de sossego.