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Mês da mulher?

04 mar 2019 às 12:25
Por: Sara Presoto

Chega março e só o que a gente escuta falar é sobre assuntos referentes ao universo feminino. Moda, beleza, maternidade, a mulher e suas mil jornadas... Cheiros de sutiãs queimados à parte, o fato é que o empoderamento feminino, que a gente tanto escuta a mídia falar, está mais no discurso do que na prática.

Por que? Porque o que sociedade impõe como conquistas das mulheres não passa de tentativas frustradas de camuflar o verdadeiro “eu-mulher”.

A mulher tem características inatas diferentes de um homem. Somos sensíveis, gostamos de expor nossos sentimentos. Falar de coração. Escancarar e abrir a alma. E nesta sociedade machista, patriarcal, quando você expõe sua sensibilidade, seus sentimentos, você é taxada de fraca.

Outro ponto é a questão da genuína e pura alegria feminina, de levar leveza em meio ao caos. Em nossa cultura, sorriso é sinônimo de falta de credibilidade. É assim que me viram a vida inteira. Quantas vezes na vida você já não se questionou: por que não consegui ir mais longe? Por que não me deram essa oportunidade? Por que ofereceram tal cargo à uma pessoa menos preparada do que eu? Só pelo fato de ser um homem? Certamente, sim.

O fato, leitores queridos, é que até para generalizar, nós somos obrigados a colocar no tudo masculino. É só você conferir os artigos, substantivos e adjetivos da frase anterior. TUDO no masculino. Até na gramática quem manda é o homem. É o masculino. É o patriarcado. É a cultura dos obeliscos e falos.

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Mas e agora? O que faço? Devo continuar tentando me encaixar nesta sociedade e podar minha essência? Devo eu cortar minha alegria, ou pelo menos, fingir seriedade para conseguir conquistar a tal credibilidade em meu trabalho e consequentemente colher os frutos que isso possa gerar? Devo eu calar meus sentimentos, sufocá-los  e me tornar gélida, calculista, prática para que não me vejam mais como fraca?

A minha resposta é: talvez. Restringirei alguns sorrisos. Suprimirei meus sentimentos ao público. E atuarei eximiamente nessa cena machista. Em casa, com os mais íntimos, aí sim eu tiro a máscara. Paro de representar tal papel.

Eu, Sara, estou disposta neste mês de março me tornar menos mulher.

Triste. Mas real.

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