Você já deve ter visto uma cena como essa. O cãozinho parece super feliz na janela... O tutor acha o máximo levar o melhor amigo ou filho (a) para andar de carro. Afinal, eles fazem parte da família, não é mesmo? Exatamente por isso, é até natural que a gente queira nossos pets por perto seja numa viagem ou num passeio curto. Aí é só colocar no carro e pronto. Certo? Errado!

Numa viagem de carro, assim como numa viagem de ônibus, tem que levar atestado de saúde e carteirinha de vacinas e tem que transportar do modo correto.

É como cinto de segurança. Tem que usar. Não importa se você vai até a esquina ou vai rodar quilômetros. Tem lei que regulamenta o transporte de animais, sabia?

Multas

Segundo o artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro, conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos autorizados, é considerada uma infração grave. São 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e R$ 195,23 de multa! Ah, o veículo também fica retido.

O artigo 252 fala sobre dirigir o veículo transportando pessoas e animais à esquerda (na janela) ou entre os braços e pernas. Infração média, somando 4 pontos na CNH e R$ 130,16 de multa!

Como transportar

Existem formas de levar seu pet no carro com segurança. Pra começar, sempre no banco de trás e de modo que ele não consiga ir até o banco da frente. O risco é distrair ou atrapalhar o motorista e aí causar um acidente.

Como os gatos dificilmente vão ficar quietinhos durante o trajeto, o melhor mesmo é leva-los numa caixa de transporte ou bolsa adequada (que tem abertura para que o bichinho possa respirar). Lembrando sempre de colocar o cinto de segurança pra que a caixa ou bolsa não fique solta.

No caso dos cães, além da caixa e bolsa de transporte, há outras opções. Uma delas é a cadeirinha. Ela fica presa ao banco e tem uma espécie de guia para prender no peitoral. No tamanho ideal. Na coleira, há risco de sufocar numa manobra, curva ou freada mais brusca. A cadeirinha dá uma sensação de liberdade. O pet fica lá, não tem como sair, mas pode olhar tudo a sua volta. Serve para cães de pequeno a médio porte, de até uns 10 quilos.

Há ainda uma outra opção: cinto de segurança especial. É como uma guia regulável e que é presa no lugar do cinto de segurança do passageiro. Vale reforçar: o cão tem que ficar preso de forma que não fique passeando pelo carro e no peitoral e não na coleira. É a opção para os grandões que não cabem na cadeirinha e quando a caixa de transporte não entra no banco traseiro.

Segurança

Segurança em primeiro lugar. A multa pesa no bolso, mas não é o principal.

Um estudo da Sociedade União Infantil Protetora dos Animais revelou que, no caso de uma batida a 50 km/h, um cão de 10 kg solto no banco traseiro é projetado para a frente com um impacto equivalente a 4 mil quilos! Melhor prevenir, não?

Quer mais detalhes? Assista à matéria que a gente exibiu no Pet TV.