Esportes

O apogeu do futebol na América

30 jan 2021 às 10:03

A taça da Libertadores da América é uma obsessão para os clubes brasileiros. Dez times do país já sentiram o gostinho de levantar o troféu mais importante do continente. Dois deles querem saborear esse ato mais uma vez. Santos e Palmeiras irão decidir o título da edição da Libertadores da América de 2020 neste sábado (30), às 17 horas, no Maracanã. O Santos faturou a América em três ocasiões: 1962, 1963 e 2011. Já o Verdão venceu a competição no ano de 1999 e quer o bicampeonato.

Antes de entrar no mérito do confronto paulista, vale recordar que esta é a terceira vez que a Libertadores terá uma decisão brasileira. No passado, quando o torneio tinha menos times, os representantes do mesmo país eram colocados na mesma chave e o cruzamento entre eles era forçado no mata-mata. Por exemplo, no ano do título, o Verdão teve que despachar o Corinthians na fase de quartas de final. Aquela foi a última edição nestes moldes e depois o evento cresceu.

Em 2005, ocorreu a primeira final brasileira entre São Paulo e Athletico-PR. Na ocasião, o Tricolor Paulista faturou o tricampeonato. No ano seguinte, em 2006, nova final brasileira entre São Paulo e Internacional. Desta vez, o Colorado levantou o troféu pela primeira vez. Depois destas duas edições, a Conmebol voltou a forçar o encontro de times do mesmo país na fase de mata-mata. São Paulo e Inter poderia ter feito a decisão da Libertadores de 2010. Ambos chegaram nas semifinais em lados opostos do chaveamento. A Conmebol inverteu os confrontos e colocou os brasileiros frente a frente. O Inter despachou o São Paulo e seguiu para o bicampeonato.

Em 2017, a Conmebol optou por abolir essa inversão de duelos. Os confrontos das oitavas de final passaram a ser definidos por sorteio e o chaveamento deveria ser obedecido até a final do torneio.

Outras decisões brasileiras se desenharam depois disso. Em 2018, Palmeiras e Grêmio alcançaram as semifinais em chaves opostas e poderiam ter se encontrado na decisão. Porém, ambos foram eliminados por Boca Juniors e River Plate, respectivamente. Os gigantes argentinos foram protagonistas de um clássico histórico, considerado o maior do planeta. E teve confusão tanto é que a final da Libertadores foi para o Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, na Espanha. O River atropelou o Boca e faturou a taça.

Já em 2019, River Plate e Boca Juniors se encontraram novamente na Libertadores, desta vez na fase de semifinal. O River despachou o rival para enfrentar o Flamengo, que passou pelo Grêmio com uma goleada no jogo de volta.

Partida única

A outra mudança significativa na Libertadores foi realizar a decisão em partida única, a exemplo do que ocorre na Liga dos Campeões da Europa. Santiago, no Chile, foi escolhida para receber o jogo decisivo. Porém, em razão dos inúmeros protestos por questões econômicas no Chile, a Conmebol levou a decisão para o Estádio Monumental, em Lima, no Peru. O Flamengo venceu o River por 2 a 1 de virada e levantou a taça pela segunda vez.

Agora, a decisão em partida única será em território brasileiro, no estádio do Maracanã. Os deuses do futebol foram favoráveis e colocaram dois representantes do país neste confronto. Os brasileiros, inclusive, vão reduzir a diferença para os argentinos no número de taças. Os hermanos venceram a Libertadores 25 vezes. Independente de quem será o campeão, a taça ficará em solo brasileiro pela vigésima vez.