Esportes

Ossos do ofício no handebol

09 nov 2019 às 11:27

A semana que passou foi bastante agitada para o handebol de Cascavel. Dois profissionais de alto gabarito estiveram na cidade para ministrar um curso prático na modalidade. Os atletas tiveram um contato com os professores Ronaldo Cunha e o francês Jean Nita, referências mundiais neste esporte. Para as meninas do time juvenil, o curso com os profissionais foi um prêmio pela conquista do Campeonato Paranaense.

E para as jogadoras do time adulto, as orientações dos mestres serviram como incentivo às vésperas dos jogos decisivos. A equipe do técnico Neudi Zenatti participa da semifinal do Campeonato Paranaense de handebol. A fase decisiva será na cidade de Londrina e neste sábado (09) Cascavel faz a semifinal contra Toledo, às 17h45 horas, no ginásio Moringão.

Se conseguir a vitória Cascavel irá enfrentar o vencedor da outra semifinal. O duelo será entre Matelândia e Maringá. Mas as projeções mostram que as duas principais equipes do Paraná – Cascavel e Maringá – devem se enfrentar na decisão do Estadual mais uma vez. Em 2018, o título ficou com as maringaenses, mas, este ano, os dois times fizeram a final dos Jogos Abertos do Paraná (Jap’s), em Toledo, e a vitória foi de Cascavel. A rivalidade entre as duas equipes é grande, como descreveu a atleta Thais, de Cascavel. “O nível de rivalidade é grande. No Paraná, é a maior que tem. Nós jogamos contra elas frequentemente, foi quase uma partida por mês até agora. É mais um osso duro de roer. Mas a gente pretende trazer esse título para casa”, disse Thais.

A jogadora, no entanto, ponderou. Ela lembra que, antes de enfrentar Maringá numa eventual final neste domingo, Cascavel tem pela frente a equipe de Toledo nas semifinais. O favoritismo é de Cascavel, porém, o discurso é de humildade e respeito ao adversário. “A gente vem de uma boa campanha, trabalhando jogo a jogo, em cada etapa do Paranaense. Mas a gente não subestima nenhuma equipe. Cada uma tem seu mérito, mas nós vamos fazer o nosso trabalho e pretendemos chegar à final”, disse Thais.

Cascavel e Maringá foram os dois melhores times da fase inicial do Paranaense de handebol com 18 pontos. Em dez partidas, cada equipe teve nove vitórias e sofreu uma derrota. Só que Maringá fechou a fase em primeiro lugar nos critérios de desempate, com Cascavel em segundo lugar. Toledo ficou com a terceira posição com 12 pontos, seguido de Matelândia, que foi a quarta colocada com 8. As meninas do técnico Neudi Zenatti marcaram 339 gols na competição, o segundo melhor ataque do torneio. Maringá anotou 367 gols. Os dois líderes também tiveram as defesas menos vazadas. Maringá sofreu 200 gols e Cascavel foi vazado em 229 vezes.

Masculino

Thais disse que a possível final contra Maringá será ‘osso duro de roer’. E quem vai ter esse ‘osso’ de alta dureza já nas semifinais será o time masculino de Cascavel. Os rapazes do técnico Neudi Zenatti vão fechar a programação deste sábado (09) no confronto contra Maringá, melhor time da competição até o momento. O duelo das semifinais será às 20h45. O vencedor deste duelo decide o título do Estadual contra o vencedor do confronto entre Londrina e Foz do Iguaçu, que se enfrentam um pouco antes.

Cebola, atleta da equipe cascavelense, transfere o favoritismo do confronto para Maringá, que foi o primeiro colocado na fase classificatória. O representante da Cidade-Canção chegou nas semifinais como único time invicto no torneio. Em nove jogos, foram nove vitórias. Cascavel fez a quarta melhor campanha e somou 13 pontos. Nos mesmos nove jogos, foram seis vitórias, um empate e duas derrotas. O time de Cebola marcou 272 gols e sofreu 200. O atleta lembra que, no ano passado, Cascavel caiu nas semifinais do Estadual numa derrota para Maringá. Por isso, o time tem o desejo de revanche. “Vamos batalhar por isso. A gente está focado em chegar a essa decisão desde a final dos Jogos Abertos do Paraná. Depois daquele jogo a gente já virou a chave para o duelo das semifinais contra Maringá. Vai ser um jogo difícil, mas a gente sempre fala que a responsabilidade e o favoritismo é deles. Querendo ou não eles são uma equipe mais profissional que nós”, disse.

Mas Cebola lembra que Cascavel triunfou sobre Maringá recentemente, na decisão dos Jap’s, em Toledo, que resultou na conquista da medalha de ouro. É nesse resultado que o time se apega para chegar à final. “Com certeza dá aquela esperança a mais, aquela energia a mais... Estamos com os pés no chão e focados nessa decisão”, concluiu o jogador.