Política

As ciclovias fantasmas de Londrina

29 nov 2017 às 08:47

A prefeitura de Londrina implantou há alguns anos ciclovias em diversas ruas e avenidas de Londrina. Seguindo tendência mundial de desafogar a rua e abrir espaço para um transporte mais saudável, ecologicamente correto e barato.

As intervenções ganharam força na gestão do Barbosa Neto que interligou o lago igapó dois com a avenida Harry Prochet. A conexão está na avenida Higienópolis passa por trás do iate clube passando próximo a funcart, barragem da Almeida Garrett e Harry Prochet.

Na gestão seguinte foram implantadas algumas ciclo faixas em ruas centrais como Espírito Santo, Paranaguá entre outras.

A faixa para as bikes ocupa cerca de um metro “protegida” por pequenos tachões (tipo olha de gato) com sinalização vertical e placas de advertência.

Mas os moradores dessas locais dizem que a faixa mais atrapalha do que ajuda. Na rua Paranaguá por exemplo, não passa uma só alma de bicicleta. Além da opinião de quem mora ali, dou aqui um testemunha pessoal.

É meu caminho da roça. E sinceramente, nunca vi um ciclista passando por ali. Sem dizer que nesses pontos a via fica estreita aumentando o risco de abalroamentos sobretudo quando há veículos estacionados.

Outra ciclovia ociosa é na Av. Madre Leonia Milito. Os moradores de prédios próximos já reclamaram também. Não bastasse isso, a sinalização horizontal da via tem uma curva que confunde motoristas próximo ao supermercado. A baia de conversão foi extinta, mas a abertura no canteiro para entrada no supermercado foi mantida gerando fila e obrigando quem segue a desviar repentinamente.

O blog apurou que a motivação para fazer ciclovias, ainda que sem demanda, era para cumprir uma meta junto ao organismos internacionais que financiam projetos em cidades que tem práticas sustentáveis de mobilidade urbana. Ótimo. Então que se aplique o dinheiro do contribuinte onde de fato há demanda.

Mas é importante que fique bem claro. Este jornalista é 100% bike e 100% ciclovias e ciclofaixas. Adoro andar de bicicleta. E sou fã dos ciclistas que se reúnem para passeios em rodovias e circuitos urbanos.

Eles andam uniformizados, de capacete e as bicicletas muito bem sinalizadas. Aliás são grandes interessados nessa causa.

Mas o poder público não pode estimular o trânsito de bicicletas e até direcionar essa demanda onde não há segurança necessária e coloca os ciclistas em rota de colisão com veiculos.