Ficou clara durante a live desta quinta-feira 09, que Bolsonaro estava preocupado com a eventual perda de seguidores por conta do seu recuo, ante a péssima repercussão dos ataques ao Ministros do STF e TSE.
O presidente chegou a lembrar da saída de Sergio Moro do governo, que rendeu uma baixa de 40 mil seguidores no Facebook que soma 10 milhões. “Perdemos, mas recuperamos depois”.
Para qualquer político, pior que perder seguidores é perder eleitores. Bolsonaro tem um eleitorado fiel que o apoia em qualquer circunstância. Naturalmente que um outro mais revoltado, pode sentir-se decepcionado, mas jamais deixaria de votar no presidente/candidato – sobretudo numa disputa com o Petista Lula.
E isso ficou claro nas manifestações do dia 7. JB desfraldou bandeiras “discutíveis” do ponto de vista da democracia (sob o argumento da liberdade) e teve que ir a público aconselhado pelo ex-presidente Temer para se retratar.
Mas Bolsonaro não deveria se preocupar com seus 20% cativos. O presidente parece que ainda não compreendeu que quem o colocou no planalto foi o eleitor desiludido com o PT, e que não tolerava mais a corrupção.
Esse cidadão brasileiro não tem partido político. Esse cidadão compara projetos e propostas independente de sua ideologia, partido ou se é centro, direita ou esquerda. São milhões de brasileiros que já votaram em Lula, Dilma, FHC e em 2018 apostaram em Bolsonaro como “opção” de acabar com a roubalheira instalada no governo.
Tal empatia só vai ocorrer se o presidente retomar a agenda Brasil que tem à frente a crise hídrica, inflação, fuga de investidores e reformas.