O prefeito Marcelo Belinati (PP) é o entrevistado deste sábado do Jogo Aberto da TV Tarobá de Londrina. O assunto crucial foi o aumento do IPTU que deve ter um reajuste médio de 120% e, dependendo da região da cidade, pode chegar ao patamar 167%. Na zona sul, como a nobre região da Gleba Palhano, o valor do aumento do imposto foi estimado em cerca de 90%, em média. O assunto foi amplamente debatido na programação jornalística da Tarobá nos últimos dias.
O debate não ficou apenas na esfera da opinião pública e acabou ganhando sérios contornos. A maior repercussão do assunto foi parar entre membros da sociedade civil. Teve até reunião do G-8. É aquele famoso grupo formado por várias associações empresariais engajadas no classismo patronal como a Acil, o Sinduscom, a Sociedade Rural do Paraná, entre outras. Defendendo os interesses de uma maneira ampa, o G-8 se reuniu na última semana com o chefe do executivo exigindo transparência no tratamento do aumento do IPTU.
E quem foi o "fiel da balança"na abertura do debate foi o jornalismo da TV Tarobá , que não podia ficar de fora do desfecho da polêmica que ela mesmo começou no dia 04 de setembro. E obrigatoriamente o prefeito Marcelo Belinati disse que cedeu e confirmou que está disposto a rediscutir a alteração da Planta de Valores como resposta à mobilização promovida por membros da sociedade civil. “Não é um problema somente do Marcelo Belinati. É um problema seu também e de toda a cidade”, comentou ele.
O prefeito continua defendendo como justificativa para o aumento medidas o corte em cargos comissionados (indicação política), revisão de custos como aluguéis de prédios públicos e contratos da prefeitura como, por exemplo, a coleta de lixo. “Estamos fazendo todos os cortes necessários. O que acontece em Londrina é que tem milhares de casas de luxo que não paga IPTU”, diz.
E a principal desculpa, (é claro!), para aumentar o IPTU e surrar o bolso do londrinense foi o déficit dos gastos com a Caapsml, que impacta no caixa do executivo municipal. “Diversos especialistas da área já apontaram que há um déficit. No ano passado era de R$ 100 milhões. Neste ano, o déficit foi de R$ 120 milhões. E no próximo ano é de R$ 186 mi. Há 20 anos tem o problema da Caapsml e não foi tomada nenhuma atitude concreta. Foi empurrando e chegou num ponto que não dá mais”, sacramentou.
Confira abaixo um trecho da entrevista: