Política

Feliz natal Temer

26 dez 2017 às 08:09

O presidente Michel Temer usou o rádio e a Tv para fazer pronunciamento e desejar feliz Natal aos brasileiros. Mas o discurso não foi apenas para isso. O presidente exaltou suas “conquistas” e projetou um Brasil diferente do que estamos vendo.

Se dirigiu ao congresso Nacional ao dizer que os parlamentares “não faltarão ao Brasil” para aprovar a reforma da previdência. Num claro recado de que vai abrir as torneiras para aprovar a proposta. Aliás o recém nomeado secretário de governo/deputado Carlos Marun vai percorrer o país para “convencer” os deputados da importância da reforma.

Entenda-se: quem endurecer no voto certamente vai passar bem. Na mala, Marun leva cargos, emendas e outras benesses.

Quem ficou atento ao discurso notou que o presidente jogou para torcida. A fala de Michel Temer pode ter agradado a alta elite e aos bancos mas não ao povo.

O presidente fez um balanço, mas na verdade foi um elogio velado das próprias ações. Isso fica claro quando ressalta que não adotou medidas populistas, resgatou o financiamento estudantil e ampliou programas. Uma espetada no PT que se considera pai dos pobres.

Risco Brasil diminuiu, taxa de juros baixa, inflação controlada e ainda declarou que está mais barato para comer, vestir e viver. Só se for pra ele, porque o trabalhador diz outra coisa.

Os preços dos combustíveis nunca estiveram tão alto. O litro da gasolina está batendo nos cinco reais, o que carrega junto o diesel e o etanol.

O preço do gás de cozinha fornecido pela Petrobrás subiu quase 70% este ano, mas para o consumidor cerca de 11%. Os planos de saúde também subiram cerca de 13% e também ficou mais caro manter filho em escolas particulares. Os medicamentos subiram quase 20% até novembro. Tudo autorizado.

A conta de luz também foi as alturas. A taxa extra na fatura aplicada em outubro gerou impacto de 40%. Isto sem contar o pedágio – sobretudo no Paraná que é o mais caro do Brasil.

Portanto, a inflação dos brasileiros, é um pouco diferente daquela propagada pelo governo que é de 2,7%.