Política

Gepatria deve ouvir Belinati no caso do "acordão" para barrar Comissão Processante

25 abr 2018 às 22:07

O Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), ligado ao Ministério Público (MP), segue investigando o caso do suposto “acordão” para barrar a Comissão Processante aberta na semana passada contra os vereadores afastados Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB).

Os próximos a depor seriam os vereadores Filipe Barros (PSL) e Péricles Deliberador (PSC), além do próprio prefeito Marcelo Belinati (PP). As oitivas já estariam marcadas para a manhã dessa quinta-feira (25), na sede do MP.

Deliberador é o líder do prefeito na Câmara, responsável por articular as votações importantes para o Executivo. Filipe Barros também é figura de interesse das investigações. Autor da denúncia contra Alves e Takahashi, ele ficou impossibilitado de votar na sessão que decidiu pela abertura da CP, tarefa que coube ao suplente Pastor Emanoel Gomes (PRB). 

O Gepatria chegou a expedir uma recomendação administrativa ao executivo para que exonere a esposa de Emanoel, a advogada Mayra Gomes, já que nomear parentes pode configurar troca de favores. Tanto Gomes, quanto Deliberador, votaram contra a investigação contra Alves e Takahashi. 

O “acordão”

Para o coordenador do Gepatria, o promotor Renato de Lima Castro, há indícios de que vereadores teriam combinado de trocar indicações de cargos comissionados no executivo – com salários de até R$ 16 mil reais - pelo voto contrário a abertura da CP, que analisará o suposto pagamento de propina a Alves e Takahashi em projetos de mudanças no zoneamento.

Na semana passada, foram chamados a depor no MP os vereadores Roque Neto (PR), João Martins (PSL), Jairo Tamura (PR), Jamil Janene (PP) e Emanuel Gomes. Todos eles negaram ter participado de negociações para impedir a instauração da CP.