Política

Ignorância: A mãe de todos os males

23 nov 2019 às 13:15

A frase do escritor Francês François Rabelais nunca foi tão atual. Em tempos de internet que deu voz à intolerância e amplificou a mediocridade do achismo, aplica-se a Londrina.

Um incontável número de pessoas usou as redes sociais para criticar a campanha que a prefeitura de Londrina e a Acil – Associação Comercial e Industrial de Londrina promoveram para atrair consumidores e alavancar a economia neste final de ano.

As frases mais comuns que se viu foram do tipo; “não tem médico no posto de saúde”; “falta remédio na ubs”; “Upa lotada”; “buracos nas ruas”; e até “a inoperância diante da recuperação dos estragos da chuva”.

Naturalmente que tudo isso que o povo comentou é verdade. Faltam médicos, faltam remédios, falta gestão em vários setores da administração pública. No entanto, é a crítica equivocada. Aquela que peca na essência. E não por outro motivo que os políticos fazem por merecer. Marcelo Belinati - por ser médico – deveria sim, levar a quase zero a insatisfação na área de saúde. Porém acertou em outras ações. E essa do Natal foi uma delas.

O que precisa ficar claro é que os quase R$2 milhões da campanha Londrinatal – ainda que remanejados para outros setores - não seriam a redenção dos outros problemas da cidade. Ao contrário. Esse dinheiro está alocado no orçamento da Codel que não cuida da infraestrutura urbana e tão pouco da saúde. A companhia espera trazer um retorno R$20 milhões de reais com atividades natalinas.

Codel existe pra isso. Fomentar a industrialização. Promover o desenvolvimento. Atrair dinheiro pra cidade e com isso gerar emprego, renda e impostos à Prefeitura. O perfil de Londrina no portal da prefeitura mostra que o setor de serviços responde por 79% do PIB- Produto interno bruto do município. PIB é riqueza. Tudo que se produz e se amealha na economia.

Para tornar válida a crítica dos que acham que a campanha do natal é dinheiro jogado fora, seria mais prudente então que cada cidadão que foi pro facebook meter a boca, fosse sim à câmara de vereadores discutir o orçamento da cidade. Para tanto, são marcadas três audiências públicas ao ano amplamente divulgadas no portal da prefeitura e na mídia em geral. E Certamente esses mesmos que criticam nunca foram lá pra sequer sugerir alguma melhoria seja na saúde, educação ou segurança. Fica a dica.