Política

Iptu 2018: O oportunismo político

08 jan 2018 às 09:48

Estava demorando para aparecer alguém que organizasse um protesto contra o aumento no IPTU. E muitos vão surfar nessa onda para amealhar dividendos políticos.

Tecnicamente, há três caminhos para contestar o aumento absurdo promovido pela administração Belinati. Pedir revisão dos valores, pressionar a câmara para alterar a lei ou recorrer à justiça.

O momento de protestos está alguns meses atrasado. O grande debate sobre o reajuste do IPTU foi feito pela TV Tarobá em agosto, antes que o projeto fosse aprovado. E quem duvidar que busque as reportagens e entrevistas no nosso canal no youtube ou aqui mesmo no portal.

Ouvimos as entidades, prefeito, secretários, advogados, vereadores e o cidadão. E Pasmem. Fomos até criticados por alguns que nos tacharam de perseguição contra a municipalidade. Aquele era o momento da pressão social por um imposto menos punitivo. No entanto, pouca gente se mobilizou. Os manifestos foram pífios, normalmente liderados por políticos.

Questionamos a falta de transparência à época e manobras para dificultar o acesso a informação. Isto foi fator que contribuiu para a não mobilização.

Justiça seja feita que a ACIL e A Sociedade Rural chamaram a responsabilidade, e lideraram um bom movimento mas não foi suficiente para demover a equipe de Marcelo da ideia de revisar a planta da forma como foi feita.

Na câmara, poucas vozes se levantaram, e agora veio a fatura. No entanto, a chegada dos boletos vai levantar um novo debate que trará reflexões do tipo: Será que o Londrinense está exercendo a cidadania? Será que a sociedade civil “organizada” está participando da vida política de maneira consciente? Ou está delegando esse dever a outrem.

Quando o governo do Estado aumentou o IPVA em 40 por cento (elevando a alíquota de 2,5 para 3,5%) também não houve mobilizações. Até mesmo a reforma da previdência que está em Brasília parece não mexer com o brio do povo brasileiro.