O prefeito de Londrina Marcelo Belinati PP terá que ceder, e muito, se quiser aprovar a nova planta de valores do IPTU. A série de reportagens veiculada pela TV TAROBÁ sobre os reajustes superiores a 167% no primeiro ano (caso a proposta seja aprovada) caiu como uma bomba na população. Até então era só blá,blá,blá, mas agora ficou claro. A pancada será forte sem dó nem piedade. Não é razoável imaginar que um cidadão que paga hoje R$358,00 passe a pagar R$900,00 e fique por isso mesmo. E não é um caso isolado. São milhares. De praticamente todas as classes sociais. Também não deixa de ser impensável que alguém que goza de plena sanidade envie tal proposta e acredite que a sociedade fique com olhar de paisagem diante dos números. Moradores, comerciantes e representantes de entidades ouvidos pela nossa reportagem são unânimes em afirmar que o reajuste proposto é impraticável. Advogados e economistas ouvidos pelo blog preveem uma enxurrada de ações judiciais e aumento na inadimplência caso o projeto seja aprovado na forma como está. E o contribuinte não poderá ficar indiferente sobre o tema. O momento para gritar contra o que acha ser injusto é a audiência pública marcada para o dia 18/09, às 19h na Câmara de Londrina. O líder do prefeito, vereador Péricles Deliberador PSC entende que após a audiência pública o projeto deverá sofrer alterações. Naturalmente que os próprios vereadores terão que mudar o texto. No entanto, vai ser difícil conciliar os interesses da administração com o que as ruas querem de fato. Não podemos esquecer que muitos vereadores são pré- candidatos a deputado nas próximas eleições. Diante da pressão política e social, Marcelo terá opção de retirar a matéria de pauta ou apresentar substitutivos. E ele sabe que terá que ceder. O prefeito enfrenta graves problemas de caixa que vem com déficit desde a administração passada. Além disso, vai precisar de R$70 milhões para evitar a quebra da CAAPSML – A Caixa de Assistência e Pensão dos Servidores Municipais de Londrina. O Secretário de fazenda e planejamento Edson de Souza e o chefe de gabinete Marcelo Canhada estão tentando convencer formadores de opinião e lideranças de que a aprovação da planta é inadiável. Na justificativa da matéria, o executivo elencou um rol de obras que irá fazer já que a prefeitura tem quase nada de dinheiro para investimentos.