Política

IPTU: Medidas atendem interesse público?

27 fev 2018 às 10:49

O anúncio do prefeito de Londrina em congelar a alíquota do IPTU, aplicar redutor na coleta e ampliar o leque de isenções para aposentados pode ter aliviado a situação com a câmara, e algumas entidades da sociedade civil, mas nem de longe atendeu o anseio popular.

Isto simplesmente porque nada muda na prática para cidadão comum que viu seu imposto nas alturas. As medidas somente serão aplicadas em 2019. Nas ruas, os questionamentos seguem. As respostas de Marcelo ontem geraram dúvidas sobre a vontade do executivo de resolver o problema ou apenas acalmar os ânimos.

Em Curitiba, moradores de vários bairros e membros de sindicatos e movimentos sociais tentam buscar apoio dos deputados estaduais e da justiça. Para os líderes do movimento, as medidas não resolvem a situação.

Algumas medidas que Marcelo apresentou estavam no Termo de Ajuste de conduta suspenso pelo ministério público.

Esse quadro gera algumas reflexões. A câmara representa mesmo o londrinense? Ou apenas atende os interesses do executivo? Por que as entidades que se levantaram contra o reajuste abusivo participam como “apoiadoras” das medidas? E o silêncio sepulcral de associações de moradores (salvo do jardim Santa Mônica e alguns bairros que não aceitam o reajuste como está.) Talvez seja a primeira vez na história em que gestores públicos ignoram o clamor da grande massa que vem das ruas e elege pseudos representantes.

O conformismo pode explicar porque mais de uma centena de condomínios supostamente irregulares estão nadando de braçada sob os olhos omissos do poder público.