Política

Londrina pode ficar sem transporte coletivo em Janeiro

18 dez 2018 às 07:39

O cálculo é simples. O contrato da prefeitura de Londrina com as empresas que prestam o serviço de transporte coletivo na cidade vence no dia 19 de janeiro de 2019, ou seja, até lá a prefeitura precisa ter concluído o processo de licitação para escolha das novas empresas que prestarão o serviço. O problema é que as propostas das empresas que participaram da disputa devem ser abertas no dia 26 de dezembro, menos de 30 dias do término do contrato vigente. Isto posto não é preciso ser campeão de xadrez pra entender a lógica do problema. Vejam senhores. Se houver qualquer recurso nessa licitação, o que é extremamente comum, a licitação não será concluída antes do término do contrato atual. Alguns podem pensar, mas daí é só pedir para as empresas atuais permanecerem em caráter emergencial, certo? Parece que não. Acontece que a Grande Londrina já anunciou que vai dar aviso prévio a todos os funcionários no dia 26 de Dezembro, ou seja, a Grande Londrina não terá sequer funcionários pra prestar o serviço. Lembrando que a legislação trabalhista diz que o funcionário que receber o aviso prévio pode diminuir sua jornada de trabalho diária ou não trabalhar nos últimos dias do aviso para que possa encontrar outro emprego. Assim sendo, se a prefeitura não encontrar outras empresas para substituir a Grande Londrina em um contrato emergencial, caso de problemas na licitação, a cidade pode ficar sem transporte coletivo. Só lembrando que a Grande Londrina tem 124 das 141 linhas e mais de 1600 funcionários, não é fácil de encontrar uma empresa pra atender essa demanda do dia para a noite. Resumindo, tudo isso pode ser evitado com a prefeitura cancelando a licitação e retomando os trabalhos no ano que vem, com calma e transparência. Esse desespero para licitar novas empresas não vai prestar.