Política

O dilema de Filipe Barros

05 mar 2020 às 09:29

O deputado federal Filipe Barros e mais 11 parlamentares do PSL recorreram à justiça para suspender o afastamento feito pelo partido. O presidente da câmara Rodrigo Maia homologou o pedido do PSL e o próprio deputado Filipe postou em seu perfil numa rede social.

“Segundo a determinação, ficaremos afastados de qualquer função de liderança ou vice-liderança bem como impedidos de orientar a bancada em nome do partido, representar a agremiação e participar da escolha de líderes”, informa o parlamentar.

O afastamento é fruto de uma desavença entre o PSL e o presidente Jair Bolsonaro no ano passado. Com isso, os deputados “Bolsonaristas” estão sendo punidos e sofrendo as consequências dessa cisão.

O mandado de segurança está no Tribunal de justiça do Distrito Federal e aponta vícios na decisão do partido. “Um deles seria a não notificação pessoal dos deputados”- ressalta Barros.

Eleições 2020
Importante lembrar que os deputados correm risco de perder o mandado porque a legislação determina que os eleitos devem estar regularmente filiados a um partido político. O clima no PSL ficou insustentável para Filipe Barros e ele já está em negociações com outras legendas.

O deputado disse ao blog que conversou com o Pedro Lupion e há uma possibilidade de ir para o DEM, mas também há conversa com outros partidos. O problema é que não há janela partidária para eleitos em 2018.

Em dezembro, o TJ–DF suspendeu a decisão do PSL de afastar os deputados. Se o entendimento se repetir, os parlamentares conseguem –pelo menos de forma precária- manter-se no mandato.

Filipe Barros também não descarta a possibilidade de formação de uma frente partidária para disputar a prefeitura de Londrina, no entanto, o assunto ainda está na fase das negociações.