Política

Polêmica do artista nu repercute nas redes sociais

16 out 2017 às 16:41

Em poucas horas foram mais de 400 comentários, 500 curtidas e 100 compartilhamentos. 7.574 acessos no portal Tarobá News. Este foi o resultado do post sobre o espetáculo “DNA de DAN” do performer curitibano Maikon K numa bolha inflável no palco do Lago Igapó, ao lado da Funcart.

O ator fica nu por aproximadamente três horas dentro de uma bolha depois ocorre uma espécie de metamorfose. Essa Nudez que chamou a atenção de pessoas que caminhavam as margens do igapó e decidiram chamar a polícia militar.

Pasmem os senhores que um dos internautas preferiu criticar a mim, simplesmente por ter identificado Maikon como ator. A intolerância está chegando a tal ponto que daqui a pouco vamos ter que alterar a técnica jornalística para nomear personagens das reportagens.

Muitos comentários seguem numa linha mais conservadora (e aqui não é no sentido pejorativo), e outros se perdem até no conceito de arte. Há quem diga que o espetáculo deveria ter sido realizado em local fechado.

Mas vamos lá, quem consome cultura no Brasil? Jamais a repercussão seria a mesma.

Estamos num país onde mal se lê jornal. Aliás é bom ler rápido antes que sumam de vez das bancas. A dita elite cultural brasileira detona os críticos do nu artístico porque analisam suas reações partindo do próprio umbigo como se a cultura fosse apenas para quem tem dinheiro.

Cultura em qualquer lugar do mundo não tem gosto, cultura não raça, credo ou partido político. Mas no Brasil sim. Aqui jogaram a cultura na vala do “nós x “eles”

PT x PSDB, Lula x Bolsonaro e por ai vai.

Também é preciso entender que o artista que tenta interpretar um texto e transmitir uma mensagem seja qual for sua natureza não deve ser crucificado. Se assim fosse o que seria dos atores que interpretam traficantes em novelas ou políticos corruptos.

No entanto, o bom senso poderia prevalecer e diante de tanta polêmica do MAM e outros, evitar que tal espetáculo fosse feita num local público e grande concentração de crianças como é o palco do lago igapó.

Democracia é isso, mas como nosso processo civilizatório caminha a passos lentos, ainda veremos cenas de intolerância e ignorância.