Política

Reintegração no Flores do Campo pode ser feita a qualquer momento

21 ago 2018 às 17:30

Um oficial de justiça notificou nesta terça-feira moradores da ocupação no residencial Flores do Campo zona norte de Londrina. O prazo concedido pela justiça de 60 dias para que os invasores deixassem o empreendimento inacabado terminou, mas cerca de 220 famílias ainda permanecem no local.

O Residencial Flores do Campo foi ocupado no dia 2 de outubro de 2016, véspera das eleições municipais. O vereador cassado Boca Aberta foi investigado pela Polícia Federal como suspeito de ter incentivado a invasão, no entanto, ainda não há informações sobre a conclusão do inquérito.

O empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida previa a construção de 1.218 moradias. A construtora que venceu a licitação não terminou as obras.

Após o abandono, o canteiro de obras foi saqueado. Criminosos levaram janelas e materiais de construção que ficaram.

A exemplo de outros projetos pelo Brasil, o Flores do Campo tornou-se um símbolo da ineficiência administrativa e gestão de recurso público.

Na manhã desta terça-feira, o oficial de justiça foi até a ocupação, acompanhado de representantes da Caixa, Polícia Federal e Policiais Militares da 4ª Cia Independente da Zona Norte. O major Nelson Villa informou ao portal que a PM apenas deu apoio ao trabalho da justiça. Mas ficou claro que, terminado o prazo, agora fica a critério das autoridades a reintegração de posse. O que pode ocorrer a qualquer momento.

Foi um recado aos invasores que deixem o local espontaneamente sem necessidade de força policial. A Caixa teria se comprometido a fornecer a logística para transporte das pessoas e seus pertences. A Caixa deve reabrir o processo para contratar uma empresa e concluir as obras.

Os invasores não terão direito às moradias. De acordo com uma fonte do portal, cada um deverá retornar ao local de origem.