A Sociedade Rural do Paraná ameaça cobrar da prefeitura e outros órgãos públicos os valores de espaços ocupados no Parque de Exposições Ney Braga. A afirmação veio em entrevista à Tv Tarobá ao responder o questionamento do Ministério Público que recomendou na semana passada a devolução de valores obtidos com cobrança de estacionamento durante a Expo Londrina em uma área do município.
A promotoria entende que a Sociedade Rural explorou comercialmente duas áreas que seriam do município. Os lotes foram desapropriados pela prefeitura em 1998 ao custo de R$218 mil. O governo do Estado e a prefeitura pretendiam construir uma rotatória e duplicar a rua que liga a BR 369 à PR 445. 10 anos depois a prefeitura doou a área a sociedade rural. Mas o MP exigiu a revogação da lei considerando-a inconstitucional.
O presidente da SRP Afrânio Brandão se mostrou surpreso com a recomendação e disse que tudo poderia ser resolvido na conversa. A medida do MP vem um mês antes da abertura da exposição 2018. Brandão ainda vai insistir num diálogo com prefeitura e Ministério Público para solucionar o impasse. Se não houver acordo a sociedade rural deverá restituir os valores cobrados nos estacionamentos. Não é só a prefeitura que desfruta de isenções e cessões dentro do Parque Ney Braga. Órgãos dos governos federal e estadual também são imunes as taxas.