A nova regra que estabelece o agendamento de exames de corpo de delito em até 72 horas continua gerando repercussão em Cascavel. Representantes do Judiciário se posicionaram contra a medida, apontando riscos para a apuração de crimes, sobretudo os relacionados à violência doméstica e contra a mulher.
Em entrevista, a juíza Cláudia Spinassi destacou que a demora pode comprometer a coleta de provas, já que lesões podem desaparecer ou se tornar menos visíveis com o tempo. Ela sugeriu como alternativa o reforço no quadro de profissionais do Instituto Médico-Legal (IML), em vez da criação de uma agenda que atrase os atendimentos.
Especialistas alertam que a credibilidade das vítimas pode ser prejudicada caso o exame seja realizado apenas dias depois do registro. A Secretaria de Segurança ainda não comentou oficialmente sobre as críticas do Judiciário.