Agro

Brasil equilibra balança comercial com exportação de carne bovina

17 ago 2025 às 16:15

A estratégia de exportação de carne bovina do Brasil tem se concentrado na venda de cortes dianteiros para mercados como os Estados Unidos e a China, enquanto a preferência interna dos brasileiros se mantém nos cortes nobres do traseiro. Essa dinâmica, embora fortaleça a balança comercial, pode gerar um impacto direto nos preços para o consumidor nacional.

 

O Brasil se consolida como um dos principais exportadores de carne bovina, atendendo a demandas específicas de mercados internacionais. Os Estados Unidos, por exemplo, demonstram preferência por cortes dianteiros, como peito e paleta, que são amplamente utilizados na produção de hambúrgueres. Já o consumidor brasileiro, de acordo com análises do setor, tem uma inclinação maior para cortes do traseiro, como a picanha, o contrafilé e a alcatra, tradicionalmente consumidos em churrascos.

 

A China emerge como um parceiro comercial de grande relevância, absorvendo cerca de 47% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil. Assim como os americanos, os chineses também buscam cortes dianteiros, que são empregados em pratos típicos de sua culinária, como picadinhos.

 

A crescente demanda por cortes dianteiros no mercado externo pode levar a uma maior disponibilidade de cortes nobres no mercado interno. A expectativa é que, com a redução da concorrência por esses cortes, os preços possam se tornar mais acessíveis para o consumidor brasileiro, um reflexo direto das estratégias de exportação que moldam o panorama do consumo de carne no país.