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China aumenta em 30% compra de soja brasileira e dá chega pra lá nos EUA

Guerra comercial de Donald Trump favorece exportações brasileiras de soja em setembro; entenda o que está acontecendo
20 out 2025 às 19:02
Por: Viviane Taguchi - Band

A guerra comercial [contra muitos países] anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou a China a aumentar em 30% as importações de soja brasileira no mês passado e, pela primeira vez desde 2018, o país asiático zerou as importações do grão norte-americano. 


Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela Administração Geral de Alfândegas da China, o volume de soja americana importado caiu de 1,7 milhão de toneladas em setembro de 2023 para zero em setembro deste ano. O cenário é resultado da combinação entre tarifas mais altas aplicadas a produtos dos EUA, esgotamento dos estoques anteriores e tensões comerciais persistentes entre os dois países.


O mês de agosto é, tradicionalmente, crucial para o comércio internacional de soja entre EUA e China. É o período que marca a transição de uma safra de exportação para outra, com a abertura das vendas e, neste ano, não houve nenhuma negociação. As indústrias chinesas que processam o grão para transformar em ração costumam fazer reservas antecipadas em agosto para aproveitar os preços mais baixos. 


Com isso, o Brasil ampliou ainda mais sua liderança no fornecimento para o mercado chinês. As exportações brasileiras cresceram 29,9% na comparação anual, totalizando 10,96 milhões de toneladas, o equivalente a 85,2% de toda a soja importada pela China no mês.


Mas, com a guerra comercial, que ficou mais acirrada nas últimas semanas devido à imposição de tarifas de 100% sobre os produtos chineses, a China também vem aumentando as importações de soja da Argentina, com alta de 91,5%, somando 1,17 milhão de toneladas, ou 9% do total. No conjunto, as importações chinesas atingiram 12,87 milhões de toneladas métricas, o segundo maior volume da história.

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A China é o maior importador de soja do mundo. Os EUA eram, historicamente, o segundo maior fornecedor de soja para a China, atrás apenas do Brasil. Agora, a situação está invertida, com o Brasil liderando este ranking.


Exportações brasileiras em alta


As exportações de soja, previstas para até dezembro de 2025, devem ser as maiores já registradas pelo Brasil. De acordo com Ana Luiza Lodi, especialista de Inteligência de Mercado da StoneX, projeta que as vendas externas devem atingir 107 milhões de toneladas em 2025 e este aumento é impulsionado pela maior demanda chinesa nestes últimos meses do ano. 

Segundo Lodi, a produção de soja nesta safra também deve ser a maior já registrada, com 178,7 milhões de toneladas no ciclo 2025/26, impulsionada por crescimento da área plantada para 48,3 milhões de hectares e recuperação da produtividade no Rio Grande do Sul, que alterna com o Paraná como segundo maior produtor nacional. No mercado interno, o segment que mais absorve a produção tem sido o de biocombustíveis, com aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, reforçando o consumo de óleo de soja. Nesta segunda-feira (20), o presidente da Câmara, Hugo Motta, defendeu uma mistura de etanol à gasolina e ao diesel, ainda maior, dos atuais 30% para 35% nos próximos anos.

De olho no clima


Para a safra 2025/2026, o clima é o principal fator de risco para a safra sul-americana. As condições para ocorrência do fenômeno La Niña estão presentes, com possibilidade de persistência até o início de 2026. O esfriamento das águas do Pacífico equatorial tende a provocar clima mais seco no sul do continente, afetando especialmente Argentina, Uruguai, Paraguai e regiões do Sul do Brasil. No entanto, as previsões indicam que o La Niña deve ser de curta duração e fraca intensidade, o que pode mitigar os impactos negativos. Além disso, temperaturas mais amenas podem reduzir os efeitos da menor umidade, e outras regiões brasileiras podem registrar chuvas acima da média.

A safra do Rio Grande do Sul, que começa mais tarde, será acompanhada de perto após anos consecutivos de perdas por questões meteorológicas. O desempenho das lavouras no Sul do Brasil será crucial para confirmar ou não o recorde de produção nacional. Caso o clima colabore, o Brasil deverá consolidar sua posição como maior produtor e exportador mundial de soja, influenciando diretamente o balanço global de oferta e demanda.

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