O pistache, antes raro no Brasil, agora é popular em diversas receitas. Importações do produto triplicaram, atingindo mil toneladas em 2024. Agora, a Embrapa planeja cultivar pistache no Ceará até 2027, com colheitas entre 2035 e 2040. Processo inclui adaptação da planta ao clima tropical e desafios burocráticos.
Segundo a empresa, a ideia é desenvolver variedades de pistaches adaptadas ao clima com base nas variedades que são cultivadas na Califórnia.
O pistache, antes um produto de consumo restrito, se tornou popular no Brasil, aparecendo em sobremesas como sorvete e cheesecake, além de pratos como esfiha e pão de queijo. Essa crescente demanda resultou em um aumento significativo nas importações, que triplicaram desde 2022, passando de 350 toneladas para mil toneladas em 2024. Atualmente, 100% do pistache consumido no país é importado.
Para viabilizar o cultivo, a Embrapa Agroindústria Tropical apresentará um planejamento à Federação de Agricultura e Pecuária do Ceará em 2025. O projeto inclui uma imersão na Universidade da Califórnia para entender as características do cultivo do pistache, que é originário da Pérsia. Os Estados Unidos, que detêm 63% da produção mundial, têm um século de experiência em aclimatação da planta ao clima californiano. A adaptação do pistache aos trópicos cearenses pode levar de 10 a 15 anos de pesquisas.