Agro

Embrapa Soja celebra 50 anos com pesquisas que colocaram Brasil em destaque

01 jun 2025 às 19:13

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja, e esse desempenho extraordinário deve-se a um vasto conjunto de tecnologias desenvolvidas ao longo dos anos. Muitas dessas inovações têm origem na pesquisa pública, especialmente nos laboratórios da Embrapa Soja, referência mundial no setor.


Recentemente, um workshop na sede do Centro de Pesquisa da Embrapa Soja comemorou os 50 anos de avanços e sucessos na cadeia produtiva da soja. Durante esse período, o Brasil aumentou em 38 vezes o volume de soja colhida, enquanto a área destinada às lavouras cresceu pela metade disso, destacando a notável evolução da produtividade.


Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que a safra 2024/2025 de soja no Brasil deve alcançar 167 milhões de toneladas, semeadas em 47 milhões de hectares.


A Embrapa Soja desempenha um papel central nesse avanço. Com 60 cientistas, é a instituição pública com o maior número de especialistas do setor reunidos em um único centro de estudos. O fitopatologista Maurício Meyer, com 36 anos de experiência na Embrapa, compartilhou sua visão sobre o trabalho da instituição: “É uma responsabilidade muito grande. Fazemos parte de uma equipe de pessoas que dedicaram a vida a uma linha de pesquisa que, lá na frente, resulta em toda a sustentabilidade que temos na cadeia de produção de soja”.


A pesquisadora Mariângela Hungria, da Embrapa Soja, recebeu o prestigiado Prêmio Mundial da Alimentação 2025, conhecido como o Nobel da Agricultura, pelo seu trabalho pioneiro na fixação biológica de nitrogênio. "Se cheguei a esse prêmio, não cheguei sozinha. Foi por haver uma empresa pública que acredita em sustentabilidade e investiu quatro décadas de pesquisa em mim."