Agro

Enchentes no Rio Grande do Sul devastaram pastos e lavouras

11 mai 2024 às 13:35

As condições climáticas que atingiram o Rio Grande do Sul entre os dias 29 de abril e 5 de maio, com chuvas intensas que causaram o transbordamento dos principais rios da região em 85% das cidades do estado. Todos os setores da agropecuária foram afetados pelas inundações, mas os estragos mais impactantes ocorreram nas lavouras de 2ª safra, como as de soja, arroz e feijão, com a interrupção do final da colheita. Os pastos também foram prejudicados com o encharcamento do solo. 


De acordo com o informativo conjuntural da Emater/RS, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as lavouras foram severamente afetadas e a qualidade dos grãos ficou comprometida devido ao prolongamento do encharcamento. 


A produção de itens hortigranjeiros foi drasticamente atingida pelas águas e ainda há uma grande quantidade de produtos submersos. 


As chuvas e o transbordamento provocaram danos na infraestrutura, com a destruição de estradas, pontilhões e pontes, prejudicando a logística de escoamento da produção e acesso às propriedades rurais. Houve casos de destruição de armazéns e silos, estufas, estábulos, salas de ordenhas e currais.


Prejuízos nas culturas de verão


A safra de soja do Rio Grande do Sul já estava no estágio final quando a região foi atingida pela inundação. Segundo o levantamento da Emater, as águas impediram a colheita em 24% das lavouras plantadas e a perda na produção sobre este percentual deve ser total. Alguns armazéns e silos também foram danificados, o que pode afetar a qualidade dos grãos que estavam estocados.


A colheita do milho no estado já havia avançado em torno de 86% da área plantada e nessa área, as perdas devem ser totais, principalmente na região de Lajeado e Caxias do Sul. Na região de Santa Maria, 72% da área cultivada havia sido colhida.


A 1ª safra de feijão já havia sido concluída, mas 2ª safra, estimada em 19,9 mil hectares, deve ser prejudicada por causa das águas e a produtividade deve ser inferior a 1,5 kgs./ha.  Na região de Frederico Westphalen, o feijão 2ª safra, que apresentava bom desenvolvimento, foi severamente afetado pelas águas, e as perdas podem ultrapassar 40%.