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Fábrica adulterava leite estragado com soda cáustica e água oxigenada

13ª fase da Operação Leite Compensado foi realizada na fábrica Dielat, na região metropolitana de Porto Alegre (RS)
15 dez 2024 às 16:00
Por: Agência Estadual de Notícias

Lotes de leite UHT, leite em pó e compostos lácteos da fábrica Dielat, de Taquara, no Rio Grande do Sul, estavam sendo adulterados com o acréscimo de soda cáustica e água oxigenada. O flagrante ocorreu nesta quarta-feira (11) durante a 13ª fase da Operação Leite Compensado, realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).


De acordo com o MP, na fábrica, que distribui produtos para todas as regiões brasileiras e também exporta para a Venezuela, a soda cáustica e a água oxigenada eram usadas para reprocessar produtos vencidos e recuperar itens que já estavam deteriorados. As marcas vendidas no Brasil são Mega Lac, Mega Milk, Tentação e Cootall. Os produtos que são exportados levam o nome Tigo.


“Além de ajustar o pH e mascarar a acidez do leite, essas substâncias são usadas para reprocessar produtos vencidos e recuperar itens deteriorados, o que representa graves riscos à saúde, incluindo potencial carcinogênico. A denúncia de 2024 se confirmou um novo risco”, afirma o promotor Mauro Rockenbach.


Até agora, quatro pessoas foram presas, entre eles o sócio da empresa, diretores e um engenheiro químico conhecido como “mago do leite e alquimista”. Sérgio Seewald está envolvido em outras fraudes identificadas pela Operação Leite Compensado. Segundo o MPRS, ele foi contratado pela Dielat para assessorar a produção da fábrica.


Ainda nesta quarta-feira, o MP cumpre quatro mandados de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão nas cidades de Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e também, na cidade de São Paulo. 

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Os lotes de produtos apreendidos foram encaminhados para exames laboratoriais para que o MP possa identificar todos os lotes e agentes contaminantes. Segundo Rockenbach, novas fórmulas elaboradas para fraudar o leite dificultam a identificação de outras substâncias nocivas. 


Em nota, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudiou a ação. “O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos”, diz trecho da nota. “O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento”. De acordo com a diretoria do sindicato, o leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. 


A Operação Leite Compensado está em sua 13ª fase. A primeira aconteceu em maio de 2013. O adovgado de Seewald disse que ele não tem ligação com a empresa. A Dietlat não se manifestou. 

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