O recente foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), identificado em uma criação doméstica no município de São Nicolau, no Rio Grande do Sul, acendeu o alerta entre autoridades sanitárias, representantes do agronegócio e produtores de aves em todo o país. A confirmação do caso ocorreu no início desta semana por meio de testes laboratoriais coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e já mobiliza uma série de ações de contenção para evitar a disseminação da doença.
A influenza aviária H5N1 é uma enfermidade viral grave, que afeta principalmente aves silvestres e domésticas, e cuja detecção em ambientes produtivos pode impactar diretamente a economia, as exportações do setor avícola e a imagem do Brasil no mercado internacional. Apesar disso, o MAPA, em nota, reforçou que não há risco de transmissão da doença pelo consumo de carne ou ovos, e que as aves infectadas foram rapidamente isoladas e sacrificadas, seguindo protocolos sanitários rigorosos.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, mantém status de país livre da gripe aviária em plantéis comerciais. No entanto, a confirmação do foco, mesmo em uma criação de subsistência, exige vigilância redobrada. Medidas emergenciais como o reforço na fiscalização, restrição de trânsito de animais e a ampliação da vigilância epidemiológica estão sendo adotadas na região e em outros estados, como parte da Operação de Prevenção e Resposta Rápida coordenada pelo MAPA.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), principal entidade política de articulação do setor rural no Congresso Nacional, divulgou nota oficial nesta sexta-feira (17), manifestando apoio aos produtores e cobrando medidas rápidas e eficazes para o controle da situação.
Confira a nota da FPA na íntegra:
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) acompanha com atenção e preocupação os desdobramentos sobre o recente foco de influenza aviária H5N1 identificado no Rio Grande do Sul.
Ressaltamos que a retomada plena das atividades produtivas deve ocorrer tão logo a situação esteja completamente esclarecida e sob controle. Para isso, é imprescindível que os produtores rurais continuem adotando ações rápidas e eficazes, isolando imediatamente a área afetada e aplicando medidas sanitárias rigorosas para eliminar o foco identificado.
Essas iniciativas são fundamentais para garantir a proteção da saúde pública, a manutenção das atividades econômicas e a preservação dos mercados internacionais, assegurando a competitividade e a reputação do Brasil no cenário global. Importante destacar, conforme posicionamento técnico do setor produtivo nacional, que não há risco de contaminação ao consumidor final.
Temos plena confiança no serviço de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), reconhecido pela competência técnica e eficiência em situações de emergência sanitária. Além disso, a FPA atua em estreita parceria com as entidades representativas do setor produtivo para assegurar respostas rápidas e adequadas.
Por fim, reforçamos a importância de o governo brasileiro manter comunicações claras e constantes com nossos parceiros comerciais internacionais, evitando possíveis interrupções no fluxo de produtos. A FPA segue acompanhando atentamente as ações de contenção e controle, reforçando seu compromisso em apoiar integralmente os produtores rurais afetados.
O MAPA reforça a orientação para que qualquer suspeita de mortalidade anormal de aves seja comunicada imediatamente aos órgãos de defesa sanitária animal nos estados. O apoio da população, especialmente dos produtores, é essencial para a rápida contenção do vírus e a preservação do status sanitário brasileiro.