Cerca de 20 mil galinhas apareceram mortas em uma granja, nesta quarta-feira (15), em Bashiqa, uma cidade próxima de Mosul, no Iraque. Autoridades locais confirmaram que as aves estavam contaminadas pelo vírus H5N1, causador da gripe aviária. Duas granjas da região registraram mortes de aves.
À imprensa iraquiana, o diretor do serviço de saúde de Bashiqa, Ghazwan al-Dawoodi, disse que um comitê composto por autoridades ambientais, veterinárias e de saúde está na região realizando vistorias nas granjas afetadas. O plantel soma em torno de 150 mil aves e, segundo ele, pessoas que tiveram contato com as aves também estão sendo testadas para evitar a propagação da doença.
O Iraque tem enfrentado surtos periódicos de gripe aviária nos últimos anos. Em 2024, a província de Saladino registrou seu primeiro caso após vários anos, o que levou à criação de uma zona de quarentena de 15 quilômetros ao redor da área afetada. No início de 2025, a autoridade veterinária iraquiana anunciou que o país estava livre da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP), mas as autoridades locais intensificaram as apreensões de aves sem licença ou sem certificação sanitária.
Os focos de gripe aviária no Iraque ocorrem paralelamente a um surto de febre hemorrágica da Crimeia-Congo (FCCC), uma doença viral transmitida por carrapatos. Até o dia 10 de outubro, as autoridades haviam confirmado mais de 238 casos em todo o país, incluindo 36 mortes. Especialistas em saúde alertaram que o surgimento simultâneo de doenças zoonóticas, como a gripe aviária e a CCHF, destaca a pressão sobre os sistemas veterinários e de saúde pública do Iraque, especialmente nas regiões rurais e agrícolas.