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Mercado de trigo mantém tendência de baixa no Brasil

Preços internos aos produtores tendem a permanecer estáveis no curto prazo
16 dez 2024 às 15:19
Por: Agrolink
- Yara Brasil/Divulgação

O Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) divulgou na última quinta-feira (12) sua análise semanal, destacando que os preços do trigo seguem com viés de baixa no Brasil. No Rio Grande do Sul, a média semanal foi de R$ 65,62 por saco, enquanto no Paraná os valores oscilaram entre R$ 72,00 e R$ 73,00 por saco.


Segundo a análise, mesmo com as importações pressionadas por um câmbio acima de R$ 6,00 por dólar, os preços internos aos produtores tendem a permanecer estáveis no curto prazo, com projeção de alta somente a partir de fevereiro. Em novembro, o Brasil importou 427.530 toneladas de trigo, um volume 33% maior em relação ao mesmo mês de 2023. A Argentina foi responsável por 79,5% dessas importações, configurando o maior volume vindo do país nos últimos seis meses, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil adquiriu 6,52 milhões de toneladas de trigo, a maior marca desde novembro de 2020, e deve encerrar o ano com importações totais de 7 milhões de toneladas, superando expectativas iniciais.


A demanda enfraquecida e as dificuldades nas negociações para entregas imediatas mantêm o mercado do trigo no sul do Brasil em uma dinâmica lenta. No Rio Grande do Sul, as compras por moinhos foram encerradas para dezembro, enquanto as transações para janeiro seguem escassas, obrigando os vendedores a direcionar o produto para o mercado de exportação. Em Santa Catarina, a baixa demanda por farinhas reflete na lentidão do mercado. Apesar de previsões de valorização, os moinhos encontram dificuldade em repassar os custos da matéria-prima para os preços das farinhas, travando negociações, conforme o Ceema.


De acordo com a análise, no Paraná, os preços recuaram levemente, acompanhados por uma queda no custo de produção, permitindo aos produtores manter uma margem de lucro favorável, estimada em 3,66%. O volume de negociações é baixo, com vendedores retraídos, enquanto os moinhos se concentram em acordos para janeiro e fevereiro, contribuindo para a espera do mercado.

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