O Ministério da Agricultura brasileiro investiga 13 casos suspeitos de gripe aviária de alta patogenicidade em nove estados até esta sexta-feira (20). Todas as investigações são feitas em animais silvestres e criações de subsistência. Não há nehum caso suspeito da doença em criações comerciais. Na quinta-feira (19), a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) declarou o Brasil livre da doença após 28 dias sem nenhum caso em granjas comerciais após um registro no sul.
A maior parte das amostras analisadas no laboratório oficial do Mapa teve origem em plantéis domésticos ou silvestres. As amostras foram coletas em Minas Gerais, Roraima, Ceará, Pará, Mato Grosso, Bahia, Goiás e São Paulo. No início da semana, o governo do Japão informou que suspendeu as importações de produtos avícolas de pelo menos duas cidades que registraram casos da doença em aves domésticas. A medida está prevista no acordo protocolar de comércio internacional entre os países.
No entanto, a maior parte dos países só restringe as importações quando há casos confirmados da doença em granjas comerciais, como ocorreu em Montenegro (RS) no dia 16 de maio. O Brasil registrou o primeiro caso de gripe aviária no dia 15 de maio de 2023 e, desde então, o país já teve 174 casos confirmados, mas apenas um em criações comerciais.
Devido à ocorrência registrada no Rio Grande do Sul, alguns países suspenderam as importações de frango de todo Brasil, como a China e os Países da União Europeia, outros suspenderam apenas do Rio Grande do Sul ou da cidade de Montenegro. O Japão manterá a suspensão de Montengro, Campinápolis (MT) e Santo Antonio da Barra (GO). O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse ao AgroBand que a OMSA já notificou todos os parceiros comerciais do Brasil sobre a situação sanitária e, a partir de segunda-feira (23), já será possível retomar as exportações para alguns destinos.
