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Níveis de manejo do solo para avaliação de riscos climáticos na soja

04 mar 2024 às 21:45
Por: Assessoria de Imprensa
- Foto: Divulgação

 SNA dá continuidade à parceria com a Embrapa Soja e seus pesquisadores na divulgação de  trabalhos em andamento, ou já concluídos, de cunho acadêmico, informações com profundidade técnica  para estudantes, professores e interessados em se aperfeiçoar no agronegócio.   

 

Um desafio recorrente é o diagnóstico da qualidade do manejo do solo em glebas agrícolas, a fim de identificar fatores limitantes à produtividade das culturas, inclusive em situações de estresse, como o déficit hídrico. É importante frisar que as metodologias de diagnóstico precisam ser confiáveis e viáveis em larga escala. Nesse sentido, Debiasi et al. (2022) propõem a utilização de sete indicadores para definir níveis de manejo do solo (NM), que variam de 1 a 4, em que o NM 1 se refere ao menos adequado e o NM 4 ao mais adequado.      


Nas últimas cinco décadas, houve aumento significativo da produtividade das principais culturas agrícolas no Brasil, em decorrência do melhoramento genético e do aprimoramento das técnicas de manejo e controle fitossanitário. O aprimoramento do manejo do solo em sistema plantio direto (SPD) foi fundamental para a competitividade das principias culturas graníferas produzidas no país. O SPD, quando implantado e conduzido em conformidade com as suas premissas, constitui-se na principal ferramenta do manejo conservacionista do solo em regiões com clima tropical e subtropical.


As premissas que caracterizam o SPD envolvem a mínima mobilização do solo, restrita à linha de semeadura; a cobertura permanente do solo por culturas ou por seus resíduos; e a diversificação de espécies vegetais, via rotação, sucessão e consorciação de culturas. Estatísticas recentes indicam que o SPD é utilizado em cerca de 33 milhões de hectares no Brasil, o que demonstra a ampla adoção desse sistema de manejo do solo.


No entanto, é consenso que a maior parte dessa área ainda não atende de forma integral às premissas do sistema, restringindo-se, em várias situações, apenas à mínima mobilização do solo pela eliminação de operações de preparo do solo. Assim, grande parte dos benefícios do SPD não é alcançada e problemas associados à ocorrência de erosão, degradação da estrutura do solo, elevação das perdas de produtividade em função de estresses climáticos e aumento da incidência de plantas daninhas têm sido frequentemente observados, ameaçando a sustentabilidade dos sistemas de produção de grãos.

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