Com o objetivo de alcançar avanços na tecnologia aeronáutica paranaense, foi lançado o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Aeronaves de Pequeno Porte. O foco inicial das pesquisas é o avião agrícola de pulverização não tripulado. O projeto visa, inicialmente, o voo remotamente pilotado do AgroVANT - uma aeronave de pulverização agrícola, de asa fixa pesando acima de uma tonelada. A longo prazo, espera-se realizar um voo autônomo desta aeronave. Os estudos terão investimento do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, de R$ 2,7 milhões.
A proposta dos pesquisadores apresenta uma solução tecnológica inovadora para o sistema de controle de uma aeronave de asa fixa com propulsão a combustão, aplicada à pulverização agrícola, capaz de realizar um voo supervisionado, inclusive com auxílio de sistemas de apoio ao piloto remoto, baseados em câmeras e sistemas embarcados inteligentes integrados ao AgroVANT.
Segundo o pesquisador do Laboratório de Inovação e Tecnologia em Sistemas Embarcados e Energia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e articulador do NAPI Aeronaves, Douglas Renaux, o desenvolvimento do sistema de controle digital para uma aeronave não-tripulada, com massa superior a 1 tonelada, capaz de realizar voos autônomos é de elevada complexidade e uma iniciativa pioneira. “Não se tem conhecimento de uma aeronave com este porte, para aplicação civil, atualmente em operação no mundo. Inicialmente ele vai ser pilotado remotamente, ou seja, vai ter uma pessoa no chão responsável pela pilotagem. Ao longo do tempo a gente quer ir aumentando o nível de autonomicidade da aeronave até que a gente possa ter uma aeronave 100% autônoma”, explica o pesquisador.
Desta forma, será possível programar a aeronave antecipadamente indicando de onde ela deve decolar, pra onde ela deve voar, como ela deve pulverizar e como ela deve retornar.