A Petrobras anuncia a entrada no mercado de crédito de carbono, com a compra de R$ 175 mil em créditos voluntários. Cada crédito representa 1 tonelada de CO2 equivalente evitada. O total representa a preservação de uma área de 570 hectares da floresta amazônica, do tamanho de cerca de 800 campos de futebol como o Maracanã, segundo a empresa.

Os créditos foram adquiridos junto ao Projeto Envira Amazônia - dedicado à preservação da floresta amazônica e ao desenvolvimento de ações em prol das comunidades da região. O valor pago na transação não foi divulgado.

Com a compra dos créditos, o propósito da Petrobras é complementar sua estratégia de descarbonização, que abarca diversas frentes, como, por exemplo, redução das emissões nas operações, energias renováveis, biorrefino e captura e armazenamento de carbono.

No entanto, a petroleira ainda caminha para uma transição mais robusta às matrizes renováveis.

Em entrevista a BandNews FM, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Mauricio Tolmasquim foi questionado sobre a alta incidência de fosséis, coimbustíveis que emitem o gás nocivo à saúde e ao ambiente, nos principais projetos da companhia incluídos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Tolmasquim afirmou que a conversão do aparelho produtivo é "relativamente longa".

Em comunicado, a companhia frisou que seu plano estratégico 2023-27 prevê outras operações nesse sentido, com previsão de investimentos totais de até 120 milhões de dólares em aquisição de créditos até 2027.

O mercado de carbono é dos instrumentos para cumprir as metas do Acordo de Paris assinado em 2015 por quase 200 países - incluindo o Brasil - que se comprometeram a adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.