O Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) divulgou, em sua edição de dezembro do “Radar Macroeconômico”, o panorama econômico brasileiro, destacando alguns avanços e desafios no cenário atual.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil alcançou R$ 3 trilhões no terceiro trimestre de 2024, com um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento foi de 3,1%, conforme dados do IBGE. Em termos de produção, o setor de serviços liderou a expansão, com um aumento de 0,9%, seguido pela indústria com 0,6%. No entanto, o setor agropecuário registrou um recuo de 0,9%.
No mercado de trabalho, a taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, atingindo o menor índice desde o início da série histórica, em 2012 (PNAD Contínua, IBGE). O número de pessoas ocupadas atingiu 103,6 milhões.
Em relação à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,39% em novembro, com destaque para o aumento de 1,55% no grupo alimentos e bebidas, especialmente pelas altas nas carnes, que subiram 8,02%. A taxa de inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,87%, superando o limite superior da meta de inflação, que é de 4,5%. Esse cenário inflacionário foi um dos fatores que levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a elevar a taxa Selic para 12,25% em sua reunião de dezembro.
No campo fiscal, o Governo Central registrou um superávit de R$ 39,1 bilhões em outubro, contribuindo para um superávit primário de R$ 36,9 bilhões no setor público consolidado. Porém, o resultado primário acumulado nos últimos 12 meses do Governo Central ainda é deficitário em R$ 225,3 bilhões, o que equivale a 1,9% do PIB.
Por fim, a balança comercial de novembro registrou um superávit de US$ 7 bilhões, embora tenha apresentado uma queda de 20% em relação ao mesmo mês de 2023, devido ao aumento das importações (9,92%) que superaram o crescimento das exportações (0,48%).