O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas nas prévias do mês anterior (0,43%) e de maio de 2024 (0,44%). O dado foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Neste mês, a queda no preço de alguns alimentos, como o arroz, que teve a colheita da safra encerrada, e o tomate, cuja produção se recuperou bem com o clima mais estável e o avanço da safra, segurou a disparada de preços do grupo. Com o resultado o IPCA-15 acumula taxa de 2,80% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulado chega a 5,40%, abaixo dos 5,49% acumulados até abril deste ano.
Grupos como vestuário, saúde e habitação tiveram as maiores altas. O grupo alimentação e bebidas desacelerou de 1,14% para 0,39%. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%). Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) - ambas no período da entressafra - e do café moído (4,82%).
De acordo com levantamentos da equipe Hortifrúti/Cepea, entre os dias 19 e 23 de maio, o tomate salada 3A foi cotado em R$ 67/cx no atacado de São Paulo (SP), uma queda de 20% em relação ao período anterior; no Rio de Janeiro (RJ), a a baixa foi ainda maior, de 26%, para R$ 85/cx. Em Campinas (SP), a média foi de R$ 100/cx (-17%) e em Belo Horizonte (MG), de R$ 87/cx (-11%).
Segundo pesquisadores,a queda de preços se deve ao avanço na safra de inverno e da retração na demanda, diante dos altos patamares de preços e da chegada do final de mês, quando o poder de compra da população se reduz. Para as próximas semanas, a tendência é de mais aumento na oferta, mas sem a expectativa de quedas muito acentuadas nos preços.
Em maio, energia elétrica, que é um importante custo para o agronegócio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos. Além disso, foram apropriados os seguintes reajustes tarifários: 2,07% em Salvador (2,94%), a partir de 22 de abril; 3,33% em Recife (2,88%), a partir de 29 de abril; e redução de 1,68% na tarifa em Fortaleza (2,15%), a partir de 22 de abril.