A Usina Verde de Compostagem de Campinas alcançou um marco inédito no Brasil ao receber o registro do Ministério da Agricultura para comercializar o adubo orgânico que produz. O projeto, operado pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos, transforma resíduos que iriam para o aterro em um produto orgânico, rico em nutrientes.

O Secretário Municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, destacou o pioneirismo da iniciativa: “É a primeira usina do Brasil nesses moldes".

Como Funciona a Usina e o Ganho Ambiental

A Usina de Compostagem opera processando diariamente 100 toneladas de resíduos, que resultam em cerca de 30 toneladas do composto orgânico.

Os resíduos processados incluem:

• Lodo proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto (Sanasa).
• Galharia e restos de poda do Departamento de Parques e Jardins (DPJ).
• Em breve, frutas e verduras da Ceasa (Centrais de Abastecimento S.A).

Ao transformar esses materiais, a Usina:
• Deixa de emitir gases poluentes que prejudicam a camada de Ozônio.
• Impede a geração de chorume e gás metano que seriam produzidos no aterro sanitário.
• Gera uma economia de R$ 1 milhão por mês ao município, pois o material deixa de ocupar espaço no aterro.

O Secretário Paulella resumiu o benefício como um "enorme ganho ambiental e de sustentabilidade, além de economia para a cidade".

Comercialização e Uso Atual

Atualmente, a Usina já possui 50 mil toneladas de adubo armazenadas e prontas para comercialização. Um edital de licitação está em preparação para vender todo o material a uma empresa que poderá revender o composto.

O adubo orgânico produzido já vem sendo utilizado nas áreas verdes da cidade, como:

• Plantio de grama, flores e mudas de árvores em parques, bosques e canteiros.

• Produção de mudas e arbustos no Viveiro Municipal de Campinas.

O projeto é fruto de uma parceria da Secretaria Municipal de Serviços Públicos com a Sanasa, Ceasa e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que é responsável por medir a fertilidade e certificar a qualidade do adubo.