A brasileira Luana Lopes Lara, 29, é a mais jovem bilionária do mundo que fez sua fortuna por conta própria, segundo a revista Forbes.

O que aconteceu

• Luana Lara é cofundadora da Kalshi. A empresa recebeu um investimento de US$ 1 bilhão e, com isso, foi avaliada em US$ 11 bilhões. Estima-se que a brasileira tem entre 10% e 15% da companhia. Por essa razão, é considerada bilionária.
• Kalshi é uma plataforma de compra e venda de contratos baseados no resultado de eventos futuros, uma espécie de "bolsa de apostas regulada". Exemplo: o bitcoin vai ultrapassar o valor de US$ 100 mil ainda este ano: sim ou não? Baseado nessa pergunta, pessoas podem apostar que sim ou que não.
• Luana desbancou Lucy Guo, que ficou bilionária aos 31 anos. Até então, Lucy era a mais jovem bilionária, com sua empresa Scale AI, que fornecia dados para treino de inteligência artificial. Em 2021, foi a única brasileira presente na lista Forbes 30 Under 30, que reúne as pessoas mais importantes do mundo dos negócios com menos de 30 anos.
• Kalshi começou como um projeto de universidade. Luana fundou a empresa com Tarek Mansour, quando eram alunos do MIT. O maior desafio da companhia foi obter aprovação regulatória, dada a natureza da companhia que envolve "apostar em eventos futuros".

O que se sabe sobre Luana

• Natural de Belo Horizonte, ela se dedicava a competições acadêmicas. Ela morou em Timóteo (MG) e Niterói (RJ) até chegar a Joinville (SC). Filha de pai engenheiro e mãe professora de matemática, ela chegou a ganhar a Olimpíada Brasileira de Astronomia e ficou em terceiro lugar em Olimpíada de Matemática de Santa Catarina.
• Foi bailarina profissional e chegou a se apresentar na Áustria. Ela teve aulas na escola de teatro Bolshoi, em Santa Catarina, a única unidade fora da Rússia. Segundo a revista Forbes, professores da escola chegavam a colocar cigarros acessos sob sua coxa, enquanto ela estendia a perna até a orelha, para poder testar quanto tempo aguentava ficar na posição.
• Nos EUA, se formou em Ciência da Computação no MIT com bolsa da Fundação Estudar, mantida por Jorge Paulo Lemann e outros patrocinadores. Ela ainda foi aceita em universidades top de linha do país, como Harvard, Yale e Stanford.

*Com informações da revista Forbes