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Caso Vitória: delegado nega que suspeito preso em SP tenha confessado crime

17 mar 2025 às 20:44

Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito da morte de Vitória Regina, que está preso em Cajamar (SP), não confessou o crime, afirmou o delegado Aldo Galiano, responsável pela investigação, à produção do UOL News, do Canal UOL. 


"Ele pediu a presença da mãe para conversar com o delegado. Até agora [a confissão] é especulação. Confissão é muito séria para se divulgar. Só após assinar e ser analisado o conjunto. Por enquanto, nada", destacou Galiano.


Preso por suspeita de ter matado Vitoria Regina Souza, 17, Maicol seguia há meses a adolescente nas redes sociais. A polícia considera que ele pode ter agido sozinho por ter criado uma obsessão pela jovem. 


Maicol viu a publicação no Instagram de Vitória em que ela mostrava estar sozinha na rua indo para o ponto de ônibus. Ele sabia que o carro do pai de Vitória estava quebrado.


Suspeito tinha coleção de fotos de Vitória no celular. Além dela, o celular possuía imagens de meninas parecidas com Vitória. Após ser considerado suspeito, Maicol apagou as fotos do aparelho. Porém, a polícia conseguiu recuperar os arquivos com o auxílio de uma ferramenta. 


A polícia também encontrou no celular de Maicol fotos de facas e de um revólver. Segundo o relatório, Maicol pode ter usado a arma para obrigar Vitória a entrar no carro dele sem gritar. 


Cativeiro de Vitória pode ter sido encontrado


Segundo a Polícia Civil de São Paulo, seria periciado o local para onde provavelmente a adolescente foi levada e mantida antes de ser morta. O resultado na perícia ainda não foi divulgado.


A informação de que Carlos Alberto Souza, pai de Vitória, estaria entre os suspeitos do assassinato, foi desmentida. "Não existe investigação contra o pai da vítima", disse o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, em coletiva. 


A polícia investiga se houve abuso sexual contra a vítima e se sangue em carro apreendido era dela. Autoridades aguardam os resultados dos exames. O DNA é demorado "porque precisa ser feita uma descontaminação do material biológico", encontrado no carro de um dos suspeitos, explica do Carmo.