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Criança de 10 anos perde a visão de um olho por bullying no Rio de Janeiro

04 dez 2025 às 10:17

Uma criança de 10 anos perde a visão de um dos olhos após ser agredida por um colega de 15 anos dentro de uma escola municipal na Ilha do Governador, zona Norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorre em um ambiente que deveria ser seguro, transformando-se em um pesadelo para a vítima.


As agressões acontecem em 18 de novembro, durante uma aula de Educação Física, em um momento em que os alunos estavam sem a supervisão direta do professor. O aluno de 15 anos desferiu um soco no olho da criança de 10 anos, causando uma lesão irreversível no globo ocular.


O menino é alvo constante de provocações de colegas por ter glaucoma e uma diferença na cor de um dos olhos.


A criança passou por uma cirurgia de urgência para a reconstrução do globo ocular, mas a lesão é considerada irreversível. A irmã do estudante, de nove anos, também foi agredida em janeiro ao tentar defender o irmão das provocações.


Histórico de Violência e Denúncias Ignoradas

A mãe da vítima, Lídia, prestou depoimento na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que agora investiga o caso. Ela relata que o filho sofria bullying há cinco anos. Durante esse período, o menino foi vítima de outras agressões que resultaram em lesões no nariz e uma fratura no pé.


Lídia afirma que o caso já havia sido denunciado à direção da escola anteriormente. Em uma carta datada de junho deste ano, a mãe informa que tentou se reunir com a direção da escola para tratar do problema, mas não obteve sucesso e relata ter sido desrespeitada pelo diretor da unidade.


Em nota, a Secretaria Municipal de Educação comunica que abriu uma sindicância para apurar a situação. Como medida imediata, o aluno agressor é transferido para outra escola. A pasta alega que só toma conhecimento do caso nos últimos dias. A Secretaria de Educação também afirma que desenvolve ações de prevenção à violência e ao bullying, mas ressalta que em casos de agressão, a Polícia Civil deve atuar.


O caso segue sob investigação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.