A Polícia Federal confirmou nesta sexta-feira (26) a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, no Paraguai. Ele foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, quando se preparava para embarcar em um voo com destino a El Salvador.
De acordo com a PF, Silvinei estava fora do Brasil sem autorização judicial. Ele utilizava tornozeleira eletrônica em Santa Catarina, mas rompeu o equipamento antes de deixar o país. A partir da identificação do rompimento, os sistemas de monitoramento emitiram alertas automáticos, e as autoridades brasileiras acionaram os órgãos de controle de fronteira e a adidância policial no Paraguai.
Durante a fiscalização no aeroporto, Silvinei apresentou um passaporte paraguaio original. No entanto, o documento continha informações que não correspondiam à identidade do ex-dirigente da PRF. A divergência levou à abordagem pelas autoridades paraguaias, que confirmaram a identidade e efetuaram a prisão.
Após ser detido, Silvinei foi encaminhado às autoridades locais e colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai. Segundo a Polícia Federal, a previsão é de que ele seja expulso do país e entregue às autoridades brasileiras, para dar cumprimento às determinações da Justiça.
Silvinei Vasques nasceu em Ivaiporã, no Paraná, e ingressou na Polícia Rodoviária Federal em 1995. Ao longo de 27 anos de carreira, ocupou diferentes cargos até chegar à direção-geral da corporação durante o governo Jair Bolsonaro. Ele se aposentou voluntariamente em dezembro de 2022, logo após o encerramento das eleições.
Em agosto deste ano, Silvinei foi condenado por improbidade administrativa por uso da estrutura da PRF durante o processo eleitoral de 2022. Além disso, recebeu pena de 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista que teria como objetivo impedir a transição de poder após a derrota do então presidente nas urnas.