A questão discursiva da Prova Nacional Docente (PND), aplicada neste domingo (26), abordou o idadismo como desafio social e educacional no Brasil.
O idadismo, também conhecido como etarismo, é um termo que define o preconceito, estereótipo e discriminação com base na idade.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o enunciado destacou a importância de combater estereótipos e práticas discriminatórias baseadas na idade e de promover a integração intergeracional no ambiente escolar. O texto foi extraído do Relatório Mundial sobre o Idadismo 2023, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O candidato deveria abordar os efeitos das diferenças entre gerações no contexto escolar e apresentar atividades de combate ao idadismo que promovam a integração entre gerações nas escolas.
Entre os textos motivadores estavam o artigo 22 do Estatuto do Idoso, que propõe a inclusão de conteúdos sobre envelhecimento e valorização da pessoa idosa nos currículos escolares, e um trecho da obra “À Sombra Desta Mangueira”, de Paulo Freire, que reflete sobre juventude e velhice como atitudes diante da vida e da aprendizagem.
Além da questão discursiva, os participantes responderam a questões objetivas de formação geral docente e de componentes específicos das 17 áreas de licenciatura, como Pedagogia, Matemática, Letras, História e Biologia.
A prova teve duração de cinco horas e 30 minutos e encerrou às 19h, no horário de Brasília.
A Prova Nacional Docente (PND), criada pelo Ministério da Educação (MEC), não é um concurso nem uma certificação, mas um instrumento de avaliação da formação dos futuros professores, com o objetivo de auxiliar estados e municípios na seleção de docentes e estimular concursos públicos.
A prova será realizada anualmente pelo Inep e integra o programa Mais Professores para o Brasil, que visa reconhecer, qualificar e valorizar o magistério da educação básica.