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SENAD prende colombianos em acampamento de produção de maconha Skunk em Capitán Bado

08 mar 2025 às 19:05

Agentes Especiais da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) do Paraguai realizaram uma operação na Colônia Umbú, no distrito de Capitán Bado, Departamento de Amambay, resultando na desarticulação de um acampamento clandestino dedicado à produção da maconha do tipo Skunk. A ação foi conduzida em conjunto com a promotora Rossana Coronel e levou à prisão de dois cidadãos colombianos, suspeitos de serem especialistas no cultivo dessa variedade da droga.


A operação encontrou um acampamento estruturado com equipamentos sofisticados para a produção de Skunk, incluindo gerador de energia, sistema de iluminação artificial, motor de bomba e diversas ferramentas utilizadas para o cultivo e processamento da droga. De acordo com as investigações, os dois estrangeiros teriam sido recrutados por organizações criminosas para desenvolver e aprimorar a produção da maconha geneticamente modificada, além de treinar produtores locais.


No local, os agentes da SENAD destruíram aproximadamente 18 mil mudas da variedade Skunk. Originária da Califórnia, nos Estados Unidos, essa cepa não ocorre naturalmente e é caracterizada por um teor de THC que pode chegar a 30%, enquanto a maconha convencional cultivada na região raramente ultrapassa 10%. O alto nível da substância psicoativa faz com que o Skunk seja altamente valorizado no mercado ilegal, com preços que podem chegar a 4 mil dólares por quilo no Brasil, tornando-se um produto lucrativo para o crime organizado.


As autoridades paraguaias seguem intensificando as operações para desarticular redes criminosas especializadas na produção e distribuição de drogas, especialmente na região de fronteira. O Paraguai é um dos principais produtores de maconha da América do Sul, e a crescente presença de grupos estrangeiros especializados na manipulação genética da droga tem sido um desafio adicional para as forças de segurança do país.


Os dois colombianos presos foram encaminhados às autoridades competentes e devem responder por tráfico de drogas e associação criminosa. A SENAD segue monitorando regiões estratégicas e reforçando as operações para impedir a expansião desse tipo de cultivo ilegal no território paraguaio.