O governo dos Estados Unidos impôs novas tarifas sobre produtos brasileiros, um movimento que gerou preocupação em diversos setores da economia nacional. Enquanto quase 700 itens foram excluídos da lista de taxação — o que inclui ferro, aço, alumínio, cobre, petróleo, gás natural e artigos de aeronáutica — o agronegócio é o mais afetado pela medida.
Agronegócio é o setor mais prejudicado
O chamado "tarifaço" imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump tem como alvo principal o agronegócio brasileiro. Produtos como café, carne, pescados e frutas permanecem na lista de taxação. Para o setor, o principal desafio agora é encontrar um equilíbrio entre a produção e a venda, ou buscar novos compradores para não perder mercado.
O suco de laranja, para alívio dos produtores, acabou se livrando da taxação. Em entrevista, Ibiapaba Neto, diretor-executivo da CitrusBR, comentou sobre a medida, que não afetará o setor.
Imposto de importação sobe para 50%
A nova política tarifária elevou o imposto de importação cobrado pelos EUA para 50%, uma alta significativa em comparação com as taxas anteriores, que variavam entre 5% e 10%. Essa mudança tem um impacto direto nos produtos brasileiros. Um exemplo é que, se o Brasil exportar R$ 1.000 em café torrado, os EUA vão cobrar R$ 500 de imposto para liberar a entrada desse produto no país.
Como a medida afeta o consumidor brasileiro?
Em entrevista, o economista Emerson Esteves explicou que o aumento das tarifas pode desencadear uma série de problemas para a economia brasileira. Com os produtos mais caros nos EUA, muitos produtores brasileiros podem ter as vendas reduzidas ou contratos cancelados. Essa perda de mercado pode levar à diminuição da produção interna, afetando as indústrias, e potencialmente causando o aumento da inflação e do desemprego no país.
