A mãe de um dos suspeitos de envolvimento na morte da jovem Vitória Regina, de 17 anos, em Cajamar, no interior de São Paulo, prestou depoimento à polícia e chamou atenção das autoridades pelas declarações.
De acordo com o que foi dito pela mulher, no momento em que foi feita a perícia no carro do suspeito, um Corolla prata, teria chamado a atenção o fato de ela ter dito que, se fosse encontrado um fio de cabelo no carro de Maicol, alguém o teria plantado.
Além disso, ela ficou surpresa com a possibilidade de sangue no veículo, já que o suspeito pode ter transportado o corpo de Vitória. Durante as declarações, a mulher chegou a negar que o corpo da vítima teria sido levado pelo seu filho.
Vitória Regina foi encontrada morta no dia 5 de março, depois de ficar desaparecida por uma semana. Ela estava sem roupas, com marcas de machucados pelo corpo, além de ter tido o cabelo raspado. Além disso, as suas mãos estavam enroladas em um saco plástico.
Celular de suspeito esteve próximo de Vitória
Maicol, um dos suspeitos de envolvimento no crime, está preso e foi levado por policiais para fazer exame de corpo de delito no IML de Franco da Rocha. Ele cumpre prisão temporária desde o último sábado (8). Há a expectativa de que ele possa prestar um novo depoimento nos próximos dias. Até o momento, o acusado nega a participação no crime.
Há a suspeita de que Maicol tenha seguido Vitória, no dia 26 de fevereiro, desde o momento em que ela foi arrebatada, já na estrada de terra, na área rural da cidade. A partir das ERBS, estações rádio base, que ficam nesta região, a polícia conseguiu apontar que os celulares da vítima e do homem estiveram próximos na noite em que ela desapareceu.
Polícia encontra pá e enxada de padrasto de Maicol
Nesta semana, foram encontradas uma pá e uma enxada, na área de mata, próximo ao ponto onde o corpo de Vitória foi localizado. Os objetos passarão por perícia. De acordo com a polícia, as ferramentas são do padrasto de Maicol.
O homem e um funcionário da chácara prestaram depoimento na Delegacia Seccional de Franco da Rocha. Segundo eles, os equipamentos foram furtados antes da morte da adolescente.
Também como parte da investigação, foram apreendidos nove celulares, que passaram por perícia e estão sendo analisados pelo software israelense “celebrite”, que consegue acessar dados que foram apagados dos telefones. Entre os celulares, estão os de familiares de Maicol e de outros dois suspeitos do caso: Daniel e Gustavo Vinícius.
Mais de 20 pessoas relacionadas à investigação já foram ouvidas pela polícia.