Brasil

Romário não será o primeiro "presidente-jogador" no Brasil

17 abr 2024 às 08:42

Romário é o atual presidente do America-RJ e pode jogar pelo clube - mesmo aos 58 anos ele foi inscrito para disputar a segunda divisão do Campeonato Carioca. A situação é curiosa, mas não é inédita: outros presidentes de clubes já entraram em campo no futebol brasileiro. Tem histórias que envolvem até atletas conhecidos. Relembre 8 casos.



Rivaldo (Mogi Mirim)


No início da carreira como jogador, o pentacampeão Rivaldo ganhou projeção no Mogi Mirim. Depois, já consagrado, voltou ao clube. Primeiro virou presidente, a partir de 2009. Conseguiu alguns bons resultados esportivos inicialmente. Mas depois o time passou a ter problemas financeiros. Rivaldo "se contratou" em 2014 e jogou pelo time, inclusive ao lado do filho Rivaldinho. Mas logo o Mogi começou a acumular resultados ruins. Rivaldo se aposentou e também renunciou ao cargo de presidente. Atualmente o Mogi Mirim está licenciado da última divisão do Campeonato Paulista.



Ari (Atlético-CE)



Ídolo na Rússia como atacante, Ari assumiu a presidência do antigo Uniclinic em 2018 e mudou totalmente o clube - transformou em Atlético-CE e conseguiu bons resultados inicialmente. Chegou a subir pra Série C do Campeonato Brasileiro em 2021. Quando voltou ao Brasil, Ari resolveu jogar pelo Atlético-CE a partir de 2022. Mas o time acabou rebaixado para a Série D e tem enfrentado dificuldades desde então. Em 2024 caiu para a segunda divisão do Campeonato Cearense - apesar de Ari ter feito 2 gols e dado 3 assistências em 9 jogos.



Pedro "da Sorda" Lima (Perilima)


"Seu Pedro" tinha um empresa de bolachas, a Perilima, mas sonhava em ser jogador. Então fundou o clube e virou jogador profissional aos 51 anos. Ele até fez um gol de pênalti contra o goleiro Jailson, ex-Palmeiras, que estava no Campinense na época. Pedro Lima jogou por muitos anos, mas depois cedeu o Perilima para outros donos. Em 2023 o time caiu pra 3ª divisão paraibana.



Pai do Richarlison (Nova Venécia)


Richarlison, do Tottenham, criou o Nova Venécia no Espírito Santo e deixou o pai como presidente. Antônio Andrade tinha o sonho de jogar e, em 2021, entrou em campo duas vezes, no Campeonato Capixaba. Atualmente ele segue apenas como presidente do time, que não foi bem no estadual.


  

Daniel Costa (Capixaba)


É mais um caso recente no futebol capixaba: Daniel Costa é presidente do Capixaba e disputou 14 partidas na 2ª divisão estadual de 2023. Ele tem 38 anos e já fez 2 gols pelo time.



Anelisio Machado (Fluminense-SC)


O Fluminense de Joinville estava só no futebol amador até que Anelisio Machado, aos 49 anos, assumiu a presidência em 2016. Ele profissionalizou o time e quis jogar. Chegou a fazer um gol de pênalti em jogo da Série C Catarinense. Três anos depois, Anelisio se aposentou. Em 2023 o time disputou a terceira divisão estadual.



Helinho (Castanhal)


Helinho foi revelado pelo Castanhal, no começo do século, e chegou a jogar no Coritiba em 2003. Depois passou por vários clubes, inclusive fora do país, e se aposentou cedo, em 2011. Mas em 2018, quando era presidente do Castanhal, resolveu voltar a jogar e disputou algumas partidas. Ajudou o time a evitar o rebaixamento na época.



Gilberto Macena (Bela Vista)


O Bela Vista, de Tocantins, viveu uma situação duplamente curiosa em 2024: Edno, ex-jogador do Corinthians e da Portuguesa, era técnico e jogador do time ao mesmo tempo. Ele escalava o presidente do clube, Gilberto Macena, e também atuava ao lado dele. Macena disputou 6 partidas e fez 1 gol, mas o Bela Vista foi rebaixado para a 2ª divisão estadual.